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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

MARY J. BLIGE


Data de Nascimento:11-01-1971
Local de Nascimento:Bronx, Nova Iorque
País de Origem:EUA
Embaixadora da soul e do R&B por excelência, Mary J. Blige deu início à sua carreira musical ainda muito nova, e quase sem dar por isso. Numa ida a um centro comercial nova-iorquino, resolveu gravar uma interpretação sua do tema "Caught Up in the Rapture" de Anita Baker, numa máquina de karaoke. A cassete que daí resultou foi enviada pelo padrasto da cantora para a Motown Records, que acabou por recrutá-la para o seu catálogo. Nascida no Bronx, em Nova Iorque, Mary J. Blige passou os primeiros anos da sua vida em Savannah, na Georgia, até ter partido com a mãe e a irmã mais velha em direcção à cidade de Yonkers, de regresso a Nova Iorque. Deixou o liceu a meio caminho e passou então a aproveitar o tempo para arranjar o cabelo das amigas em casa da mãe. A sua vida começou a ganhar um rumo mais definido quando a Motown a contratou para cantar nos coros de artistas como Father MC. O grande salto foi dado em 1991, quando Puff Daddy decidiu apostar na cantora. Juntos começaram a trabalhar no álbum de estreia de Blige, "What's the 411?", que viu a luz do dia no ano seguinte.Aclamado pela crítica, o disco teve a sua mais-valia na construção de uma ponte sólida entre as margens da soul/R&B e do hip hop, que teve tamanho êxito, que a editora tentou novamente a sua sorte ao editar em 1993, uma nova versão do álbum, desta feita de remisturas, que, no entanto, não atingiu o mesmo sucesso comercial do original.O segundo álbum chegou às lojas em 1995. Intitulado "My Life", o registo contou novamente com a ajuda de Puff Daddy, mas começou a distanciar-se dos ritmos hip hop para se aproximar mais das sonoridas R&B. Seguiram-se algumas dificuldades no âmbito profissional, que resultaram na mudança de editora para a MCA, que assegurou o lançamento de "Share My World", em 1997, sendo este o primeiro álbum editado por Blige em parceria com Jimmy Jam e Terry Lewis, que deu continuidade à ideia já presente no registo anterior de que a cantora estava decidida a enveredar pelas ambiências da soul. "Mary" foi editado em 1999 e, dois anos depois, foi a vez "No More Drama", um álbum que, mais do que os anteriores, pôs em evidência as capacidades da cantora como escritora de canções. A par da criação musical, a cantora foi sabendo gerir ao longo da sua carreira a importância social que foi adquirindo com base na popularidade proporcionada pelo mundo do espectáculo. Já deu a cara por campanhas de serviço público com vista ao combate à droga, já trabalhou com vários grupos educacionais e tem ajudado a angariar fundos para vítimas do vírus da Sida, para além do que é a porta-voz da campanha da linha de batons Viva Glam, cujas receitas revertem inteiramete a favor da MAC Aids Fund, uma organização de apoio às vítimas do HIV.

B.B. KING


Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, nasceu em uma plantação de algodão em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola no Mississippi, Estados Unidos da América.
Teve uma infância difícil – aos 9 anos, o bluesman vivia sozinho e colhia algodão, trabalho que lhe rendia 35 centavos de dólar por dia. Começou por tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da Igreja com a Second Street e chegou mesmo a tocar em quatro cidades diferentes aos sábados à noite. Hoje é um dos mais reconhecidos guitarristas de Blues da atualidade. Por vezes, referido como o Rei do Blues.
B. B. King começou a tocar na rua para ganhar alguns trocados, ainda em sua cidade natal. No ano de 1947, partia para Memphis, no Tennessee, apenas com sua guitarra e $2,50 dólares. Como pretendia seguir a carreira musical, a cidade de Memphis, cidade onde se cruzavam todos os músicos importantes do Sul, sustentava uma vasta competitiva comunidade musical em que todos os estilos musicais negros eram ouvidos.
Nomes como Django Reinhardt, Blind Lemon Jefferson, Lonnie Johnson, Charlie Christian e T-Bone Walker tornaram-se ídolos de B. B. King.
"Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar espirituais negros. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma vez ouvi na minha vida." recorda B. B. King, "Foi o que realmente me levou a querer tocar Blues".
A primeira grande oportunidade da sua carreira surgiu em 1948, quando actuou no programa de rádio de Sonny Boy Wiliamson, na estação KWEM, de Memphis. Sucederam-se atuações fixas no "Grill" da Sixteenth Avenue e mais tarde um spot publicitário de 10 minutos na estação radiofónica WDIA, com uma equipe e direcção exclusivamente negra. "King’s Sport", patrocinado por um tónico, tornou-se então tão popular que aumentou o tempo do transmissão e se transformou no "Sepia Swing Club".
King precisou de um nome artístico para a rádio. Aquilo que começou por ser "Beale Street Blues" foi abreviado para "Blues Boy King" e eventualmente para B. B. King. Por mera coincidência, o nome de KING já incluia a simples inicial "B", que não correspondia a qualquer abreviatura.
Pouco depois do seu êxito "Three O' Clock Blues", em 1951, B. B. King começou a fazer turnês nacionais sem parar, atingindo uma média de 275 concertos/ano. Só em 1956 B. B. King e a sua banda fizeram 342 concertos! Dos pequenos cafés, teatros de "gueto", salões de dança, clubes de jazz e de rock, grandes hotéis e recintos para concertos sinfónicos aos mais prestigiados recintos nacionais e internacionais, B. B. King depressa se tornou o mais conceituado músico de Blues dos últimos 40 anos, desenvolvendo um dos mais prontamente identificáveis estilos musicais de guitarra, a nível mundial. O seu estilo foi inspirador para muitos guitarristas de rock. Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck foram apenas alguns dos que seguiram a sua técnica como modelo.
Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Em 1970 fez uma turnê por Uganda, Lagos e Libéria, com o patrocínio governamental dos E.U.A.Começou a participar da maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York, e sua presença tornou-se regular no circuito por universidades e colégios.
Em 1989 fez uma tournê de três meses pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial dos U2, participando igualmente no álbum "Rattle and Hum", deste grupo, com o tema "When Love Comes to Town".
Em 26 de Julho de 1996, B. B. King, aproveitando o fato de ter um concerto agendado para Stuttgart, deslocou-se propositalmente de avião até à base aérea de Tuzla, para atuar perante tropas da Suécia, Rússia, Bélgica e E.U.A., estacionadas na Bósnia num esforço conjunto de manutenção da paz. No dia seguinte, voou para a base aérea de Kapsjak, para nova atuação junto de tropas norte-americanas. B. B. King confessa: "Foi emocionante atuar para estes homens e mulheres. Apreciamo-los e queremos que eles saibam que têm o nosso total apoio na sua árdua tarefa de manutenção da paz."
B. B. King terminou 1996 com uma turne pela América Latina, com concertos no México, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e, pela primeira vez, no Peru e Paraguai. O "Rei dos Blues" totaliza mais de 77 países onde atuou até hoje.
Ao longo dos anos tem sido agraciado com diversos Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em 1970, com "The Thrill is Gone", melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981, com "There Must Be a Better World Somewhere", melhor gravação de Blues tradicionais, em 1983, com "Blues'N Jazz" e em 1985 com "My Guitar Sings the Blues". Em 1970, "Indianopola Missisipi Seeds" concede-lhe o "Grammy" de melhor capa de álbum. A Gibson Guitar Co. nomeou-o "Embaixador das guitarras Gibson no Mundo".

Curiosidades
Uma das imagens de marca de King é chamar às sua guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950. No inverno de 1949, King se apresentou num salão de dança em Twist, no Arkansas. Com o intuito de aquecer o salão, acendeu-se um barril meio cheio de querosene no centro do salão, prática muito comum na época. Durante a apresentação, dois homens começaram a brigar e entornaram o barril que imediatamente espalhou chamas por todo o lado. Durante a evacuação, já fora do estabelecimento, King apercebeu-se de que tinha deixado a sua guitarra de 30 dólares no edifício em chamas. Voltou a entrar no incêndio para reaver a sua Gibson acústica, escapando por um triz. Duas pessoas morreram no fogo. No dia seguinte, soube que os dois homens tinham começado a briga devido a uma mulher chamada Lucille. A partir dessa altura, passou a a designar as suas guitarras por esse nome, para "se lembrar de nunca mais fazer uma coisa daquelas."
Quando foi perguntado ao cantor John Lennon sobre sua maior ambição, ele disse que era tocar guitarra como B.B. King.
BB King era considerado o melhor guitarrista do mundo por Jimi Hendrix.
Um anime japonês por nome "Beck - Mongolian Chop Squad" teve influências do bluesman B. B. King. Por vezes, ele é citado e ainda tem a guitarra "Lucille".

A guitarra
Iniciou utilizando uma Fender Telecaster
Passou a utilizar uma Gibson ES-355, modelo que foi substituído pela B. B. King Lucille, um modelo baseado na ES-355.
Uma das características de King é chamar às sua guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950.
No dia 19 de dezembro de 1997, apresentou Lucille ao Papa João Paulo II em um concerto no Vaticano.
No dia 5 de novembro de 2000, doou uma cópia autografada de Lucille para o Museu de Música Nacional, Estados Unidos da América.

Honras e prêmios
Em 15 de dezembro de 2006 o Presidente americano George W Bush prêmiou King com a Medalha Presidencial da Liberdade.
Em 2004, ele foi premiado como Ph.D honorário da Universidade de Mississippi e o Conservatório Sueco Real lhe premiou com o Prêmio de Música Polar, por suas contribuições significantes para o blues.
King foi agraciado com a Medalha Nacional de Artes, em 1990, nos Estados Unidos da América.
Ganhador de diversos Grammys de 1971 a 2006.

DONA IVONE LARA


Yvonne Lara da Costa nasceu no Rio de Janeiro, RJ em 13 de Abril de 1921.O pai, João da Silva Lara, era mecânico de bicicletas, além de violonista e componente do Bloco dos Africanos. D. Emerentina, a mãe, era pastora do Rancho Flor do Abacate.Aos seis anos de idade, ficou órfã de pai e mãe, sendo internada por parentes no Colégio Orsina da Fonseca, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde permaneceu até os 17 anos.Aos 12 anos, foi presenteada pelos primos e futuros parceiros, Hélio e Fuleiro, com um pássaro "Tiê-sangue". O nome do pássaro e a expressão "Oialá-oxa", herdada da avó moçambicana, serviram de inspiração para o primeiro samba composto: "Tiê, Tiê".Admirada por suas professoras de música no colégio, Lucília Villa-Lobos, esposa do maestro Villa-Lobos e Zaíra Oliveira, primeira esposa de Donga, foi indicada para o Orfeão dos Apinacás, da Rádio Tupi, cujo regente era Heitor Villa-Lobos. Saindo da escola, foi morar na casa de seu tio Dionísio Bento da Silva, que tocava violão de sete cordas e fazia parte de grupo de chorões que reunia Pixinguinha e Donga, entre outros. Com o tio, aprendeu a tocar cavaquinho. Seu primo, Mestre Fuleiro, também foi um dos fundadores da Império Serrano em 1947, ano em que Dona Ivone Lara mudou-se para Madureira e começou a freqüentar a Escola de Samba Prazer da Serrinha, mesma época em que começou a compor sambas para esta escola.Casou-se, aos 25 anos, com Oscar Costa, filho de Alfredo Costa, presidente da Escola de Samba Prazer da Serrinha. Nesta época, passou a freqüentar a Escola, onde aprimorou seus dotes de sambista e conheceu os amigos Aniceto, Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, que mais tarde seriam seus parceiros em algumas composições. Com a fundação do Império Serrano, em 1947, passou a desfilar pela verde e branco de Madureira.Tornou-se enfermeira, formando-se logo depois em Assistente Social. Especializou-se em Terapia Ocupacional, dedicando-se a trabalhos em hospitais psiquiátricos, tendo trabalhado no Serviço Nacional de Doenças Mentais, com a doutora Nilse da Silveira.Em 1965 ingressou na Ala de Compositores do Império Serrano e compôs, com Silas de Oliveira e Bacalhau, o clássico "Os cinco bailes da história do Rio". A partir de 1968 passou a integrar a Ala das Baianas.Aposentou-se no hospital em 1977, passando a dedicar-se, exclusivamente, à carreira artística.Em agosto de 2002, recebeu o "Prêmio Caras de Música", na categoria "Melhor Disco de Samba", com o CD "Nasci para sonhar e cantar" e, neste mesmo ano, foi a vencedora do Prêmio Shell de MPB, tendo recebido o prêmio pelo conjunto de sua obra em grande festa do samba, no Canecão, no Rio de Janeiro, cujo roteiro-convite foi apresentado por Ricardo Cravo Albin, um dos cinco jurados que lhe deram o prêmio por unanimidade.Sobre ela, Túlio Feliciano, diretor do show no Canecão, deu depoimento ao jornal O Globo: "Ela é a síntese do samba. Tem o ritmo dos tambores do jongo e a riqueza melódica e harmônica do choro. Em seu canto intuitivo está um pouco da África e do negro americano".

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

YAMANDU COSTA


Nasceu na cidade gaúcha de Passo Fundo. Filho da cantora Clari Marson e do trompetista e violonista Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços, Yamandú cresceu em meio à música. Aos quatro anos, quando sua família apresentava-se num bar em Porto Alegre, seu pai chamou o garoto ao palco para cantar. Aos sete, Yamandú - que em tupi-guarani significa "precursor das águas" - começa a aprender os primeiros acordes no violão.Após dois anos, quando apresentava-se com um primo num bar de Maceió (AL), Yamandú descobriu aquilo que iria tornar-se a base de sua música: o improviso. Seu primo ao "abandoná-lo" no palco, enquanto tocavam Marina de Dorival Caymmi, provocou nervosismo no menino que, por não saber a musica direito, começou a improvisar. Sob protestos dos pais, Yamandú largou de vez os estudos e passou a se dedicar integralmente ao violão, exigência imposta por seu pai. A partir daí começou a estudar teoria com o próprio pai e, na noite boêmia, aprendeu a tirar músicas de ouvido. Suas maiores influências são Tom Jobim, Astor Piazzolla, Radamés Gnattali, o violonista argentino Lúcio Yanel, o som regional gaúcho e canções tradicionais latino-americanas. Em 2001, venceu o 4º Prêmio Visa de MPB. Em sua apresentação no Free Jaz, no mesmo ano, arrancou múltiplos aplausos da platéia, mostrando com energia seu estílo e presença de palco. Ainda naquele ano, lança “Yamandú”, seu primeiro trabalho, produzido por Maurício Carrilho. O segundo álbum, “Yamandú Ao Vivo”, saiu pela ABGI, em 2003. No ano seguinte, o violinista se juntou a Paulo Moura, o mestre do clarinete e do saxofone, no disco “El negro del blanco”. No álbum, recebido com elogios pela crítica, o choro, o samba e o frevo estão lado a lado com o tango, a milonga e a habanera, em uma aberta homenagem aos estilos hermanos. Como prova de reconhecimento, o instrumentista recebeu o Prêmio Tim de Melhor Solista, em 2004. O trabalho mais recente de Yamandú foi um DVD lançado pela Biscoito Fino, em 2005. A apresentação, gravada ao vivo no Sesc Pompéia, em São Paulo, mostra todo talento do jovem instrumentista em 15 interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ART BLAKEY


Nasceu em Pittsburgh, Pensilvania, em 1919. Começou a aparecer como baterista da orquestra de Billy Eckstine (1944-47), com a qual foi até a Nigéria, fundamental para a sua formação, pois conheceu e exercitou in loco os ritmos africanos. Em seguida, tocou na orquestra de Lucky Millinder e foi habitué do Mintons e do Birdland, em Nova York.Em 1955, formou o conjunto "The Jazz Messengers", com Horace Silver, Hank Mobley (sax tenor), Kenny Dorham (trompete) e Doug Watkins (baixo). O grupo, sempre sob a liderança de Blakey, tornou-se um dos mais populares e um dos melhores combos do jazz moderno, especialmente do hard bop. O tempero bluesy que o baterista Art Blakey e o pianista Horace Silver deram ao jazz uma cara nova, revigorando o estilo forjado por Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Thelonious Monk, dez anos antes. Art Blakey, Horace Silver e mensageiros respeitavam os cânones harmônicos do bop, mas realçavam a expressividade do gospel e do blues, expondo as raízes rítmicas africanas do jazz. O primeiro registro fonográfico essencial do hard bop foi realizado em fevereiro de 1954, pelo quinteto formado por Art Blakey, Horace Silver, Clifford Brown (trompete), Lou Donaldson (sax alto) e Curley Russell (baixo). Um ano depois, os Jazz Messengers de Blakey, com Silver, Kenny Dorham (trompete), Hank Mobley (sax tenor) e Doug Watkins (baixo), gravaram, também para a Blue Note, um álbum com pelo menos duas obras-primas do hard bop: "The Preacher" e "To Whom it May Concern". Da extensa lista de solistas que cresceram a partir dos Jazz Messengers, citam-se os saxofonistas Jackie McLean, Benny Golson, Johnny Griffin, Wayne Shorter; os trompetistas Donald Byrd, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Bill Hardman, Chuck Maggione, Wynton Marsalis; os pianistas Bobby Timmons, Cedar Walton, Keith Jarrett. A uma política de renovação constante do grupo, que de quinteto se transformou em sexteto, sempre sob a batuta vigorosa de Blakey, se deve, certamente, um sucesso sem precedente que resiste a quatro décadas. Blakey, era um dínamo de criatividade, revelando músicos de talentos até o seu final, que foi no dia 16/10/90. (Luiz Orlando Carneiro)

MARISA MONTE


Canceriana com ascendente em escorpião, Marisa Monte nasceu em primeiro de julho de 1967. Desde pequena já dava grandes amostras da sua veia artística fazendo teatro de marionetes, bordado, costura, além de lindas composições musicais.
Daí em diante, nunca mais parou de inventar. Com nove anos, Marisa realizou seu grande sonho: aprender a tocar bateria, que foi um presente de aniversário. Sua mãe Sylvia instalou a bateria na sala da casa, onde Marisa aperfeiçoou sua aptidão musical.
A música sempre ocupou um grande espaço na vida da futura estrela. Desde cedo ela aprendeu a base da teoria musical e leitura de partituras em suas aulas de piano. O crescimento de Marisa se deu num ambiente artístico altamente eclético. Ao mesmo tempo a moça apreciava Cartola e Caetano Veloso; Marcelo Rubens Paiva e Machado de Assis.
Marisa fazia de tudo para tornar seus dotes vocais mais amplos ainda: cantava no musical Rock Horror Show (em montagem dos alunos do Colégio Andrews, dirigidos por Miguel Falabella), e estudava canto lírico, além de ensaiar com banda completa na sala da casa na Urca.
Aos 18 anos de idade, Marisa morou dez meses na Itália, com o desejo de conhecer mais o mundo lírico. Mas a saudade falou mais alto e o belcanto foi deixado de lado. Sentindo falta do Brasil e principalmente da música brasileira, Marisa passou seis meses cantando música brasileira na noite, ao lado de seus amigos, fazendo shows inclusive em Veneza.
Mesmo antes de partir para os estudos na Europa, Marisa já conhecia Nelson Motta. Mas em sua volta ao Brasil, este encontro gerou frutos. Nelson tornou-se seu grande amigo, além de admirador fundamental no início da carreira da estrela. Escolhendo as músicas para seu primeiro show, no JazzMania, Marisa pediu a opinião de Nelson Motta, e assim, ganhou um diretor para seu show de estréia. Dessa forma, Nelson foi o grande responsável pela apresentação da cantora à imprensa.
O resultado não podia ser outro: seus primeiros shows lotaram as platéias no JazzMania e na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Ainda antes de estrear seu próprio show em São Paulo, Marisa interpretou "Bess You Is My Woman Now", num dueto com Carlos Fernando, na apresentação do Nouvelle Cuisine.
Os shows de Marisa eram sempre sucesso de crítica e público, além do único meio através do qual seu trabalho era conhecido. Mesmo sendo uma cantora de sucesso, Marisa ainda não tinha disco gravado. Enquanto esperava pelo momento exato de entrar no estúdio para gravar, Marisa era assediada por diversas gravadoras. Após um especial exibido pela TV Manchete, acontece o lançamento de seu disco de estréia, intitulado "Marisa Monte", com metade do repertório gravado ao vivo, com produção de Lula Buarque de Hollanda e direção de Nelson Motta e Walter Moreira Salles. "Bem que se quis", seu primeiro grande hit, explodiu de vez no Brasil, e fez parte da trilha sonora da novela "O Salvador da Pátria".
O segundo álbum de Marisa, "Mais", foi gravado em estúdio, e com uma bela surpresa para os fãs: a cantora estreava como compositora. Arto Lindsay (ex- Ambitious Lover e produtor de Caetano Veloso e Gal Costa) guitarrista americano foi convidado para produzir o disco. Também participaram de "Mais" o arranjador e pianista japonês Ryuichi Sakamoto, o baixista Melvin Gibbs e o percussionista Naná Vasconcelos. Gravado no Rio de Janeiro e em Nova York, "Mais" foi sucesso de vendas no Brasil. O público de Marisa Monte de outros cantos do planeta, como Estados Unidos, América Latina, Japão e Europa, também mostrou-se bastante receptivo com as canções de "Mais". A partir do lançamento deste disco (editado mundialmente), Marisa Monte excursionou pelo Japão, Estados Unidos e Europa.
Em 1994, é lançado o terceiro álbum de Marisa Monte, "Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão", produzido por Arto Lindsay e co-produzido pela própria cantora. Artistas como Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Nando Reis, Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e Laurie Anderson, trabalharam com Marisa na gravação deste CD, que aconteceu novamente entre o Rio de Janeiro e Nova York. O show "Cor de Rosa e Carvão" estreou três meses depois do lançamento do disco. Dando impulso à sua carreira internacional, Marisa embarcou numa turnê pela Europa e Estados Unidos. Depois foi a vez de todo o Brasil conhecer de perto o novo trabalho da cantora.
Uma excursão pelo Brasil resultou no quarto CD de Marisa, intitulado "Barulhinho Bom – Uma Viagem Musical", com gravações ao vivo e sete faixas de estúdio, gravadas entre o Rio e Nova York. Além do CD duplo, foi gravado um home vídeo, que registra encontros de Marisa com seus amigos Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, além de artistas que lhe trouxeram alguma influência (Novos Baianos, Pastoras da Velha Guarda da Portela, Paulinho da Viola e o violinista Raphael Rabello). O home vídeo também conta com canções gravadas ao vivo e cenas do dia-a-dia de Marisa Monte.

BADEN POWELL


Como Jimi Hendrix na guitarra, o brasileiro Baden Powell foi uma rara unanimidade em seu instrumento, o violão. É provável que tenha sido também o melhor do mundo em sua época, mas no Brasil ele, sem dúvida, bateu no topo. Com um toque selvagem de entonação afro, uniu a tradição (Meira, Dilermando Reis, João Pernambuco) ao modernismo bossa nova, do qual fez parte sem nunca ter sido um representante ortodoxo. A ortodoxia, por sinal, nunca ponteou sua carreira imprevisível de incontáveis gravações e comportamento de saltimbanco. Como aluno de Meira e estudioso dos eruditos e depois acompanhante de cantores (a princípio como guitarrista) e solista de jazz nas boates até desaguar nas primeiras composições como o clássico precoce Samba Triste (com Billy Blanco), de 1956, e as gravações inaugurais (Apresentando Baden Powell e Seu Violão, 1959, Um Violão na Madrugada, 1961) ele sempre ostentou um repertório miscigenado de quem acostumou-se cedo a cativar vários tipos de platéias. O indomável Baden entortou a atriz alemã Marlene Dietrich e o astro violonista francês Sacha Distel quando ambos vieram ao Rio. "Depois de ouvi-lo parecia que eu tinha umas Torre Eiffel no lugar dos dedos" declarou Distel a Dominique Dreyfus, autora da biografia O Violão Vadio de Baden Powell (Editora 34). Era apenas o prenúncio de uma carreira internacional que levaria o violonista (na contramão dos colegas da bossa que emigraram para os EUA) a uma escalada de sucesso incomparável na Europa – especialmente na França e Alemanha. Foi o encontro com Vinicius de Moraes, no começo dos 60, que colocou um pouco de ordem na polimorfia estética do futuro parceiro. Juntos (acompanhados de engradados de uísque) compuseram temas memoráveis como Samba em Prelúdio, Apelo, Formosa, Deve Ser Amor, Labareda, Deixa, O Astronauta, Tem Dó, Só Por Amor, Bom Dia Amigo, Tempo Feliz, além de uma série de composições chamada de afro-sambas, reunidas num LP de 1966, com arranjos do maestro Guerra Peixe: Canto de Ossanha, Tristeza e Solidão, Bocochê, Canto de Xangô, Canto de Iemanjá, Tempo de Amor, Canto do Caboclo Pedra Preta, Lamento de Exu. Do disco não constam três afro-sambas iniciais, Berimbau (que popularizou em definitivo o instrumento baiano com Baden imitando sua sonoridade no violão), o sincrético Samba da Benção com seus inúmeros saravás e Consolação. A esta altura, o instrumentista já impunha sua pegada particular que aliava uma energia de violonista flamenco, técnica densa de chorão e ritmo de quem freqüentou muita roda de samba. E trilhava uma carreira de sucesso de executante & autor através de discos como Baden Powell Swings with Jimmy Pratt ao lado do baterista da cantora Caterina Valente (1962), Baden Powell à Vontade (1963), Tempo Feliz, com o gaitista Mauricio Einhorn (1966) além da estréia internacional em Le Monde Musical de Baden Powell vol. 1 (1964). Baden compunha com outros parceiros como Lula Freire (Cidade Vazia, defendida pelo iniciante Milton Nascimento num festival de 1966 e mais adiante Feitinha Pro Poeta, em homenagem a Vinicius), mas o encontro com o letrista e poeta Paulo Cesar Pinheiro, cristalizado na parceria Lapinha, que abocanhou a I (e única) Bienal do Samba, foi outro divisor de águas. Com ele, Baden faria uma coleção de sambas de grande força rítmica como Aviso aos Navegantes, Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaquá), É de Lei, Falei e Disse, Refém da Solidão, Samba do Perdão e o impactante Violão Vadio, todos reunidos no LP Os Cantores da Lapinha (1970). A parceria não ficaria nisso. Teria ainda temas como Até Eu, Cai Dentro, Pai, Mesa Redonda, Pra valer. Mas aos poucos, Baden foi abandonando o lado autoral que sacava em improvisos de temas instrumentais a cada disco para pagar dívidas em sua trajetória de gênio errante. Nos últimos anos, associado aos filhos Philippe e Louis Marcel (com que fez parcerias como Atravessado, Prelúdio Pra Mão Esquerda, Tributo ao Blues), ele enfatizou seu lado de concertista, um mestre das seis cordas que elevou a escola brasileira do violão a seu ponto mais alto.

domingo, 11 de novembro de 2007

CHER



Nome completo:
Cherylin Sarkisian LaPiere
Origem(ns):
Armênia, Alemã, Cherokee
País de nascimento:
Estados Unidos
Data de nascimento:
20 de Maio de 1946
Data de morte:
Apelido:
Período em atividade:
1964 - atualmente
Instrumento(s):
vocal
Gênero(s):
Country, Dance, rock ,Soul
Gravadora(s):
Warner Bros. Geffen Records Universal Records MCA Atlantic Records
Nascida no sul da Califórnia, no condado de Imperial, filha de Georgia Holt (nascida Pelham), uma aspirante a atriz e modelo, de ascendência inglesa, arménia, alemã e cherokee. Seu pai é John Sarkisian, um armênio refugiado.
Cher foi predominantemente criada por sua mãe, uma vez que seus pais se separaram quando ela ainda era muito pequena. Algum tempo depois, Georgia se casa com Gilbert LaPiere, que mais tarde adota Cher e lhe dá seu sobrenome. Cher nunca completou o colegial.Não gostava de estudar queria mesmo era ser uma grande atriz.
Começou a carreira aos dezesseis anos com o então marido Sonny Bono, que conheceu em uma noite no Aldo's Coffe Shop, onde celebridades costumavam se reunir para fazer um "Happy Hour". Foram morar juntos e logo após formaram a dupla Sonny & Cher, conquistando o primeiro lugar com o hit "I Got You Babe". Fizeram também um programa semanal de comédia juntos chamado "The Sonny and Cher Comedy Hour".
Cher teve sua primeira filha com Sonny, Chastity Sun Bono. Anos depois, lançou-se como artista solo obtendo vários hits por si só: "All I Really Want To Do" (cover de Bob Dylan), "Bang-Bang" (mais tarde regravada por Nancy Sinatra pra trilha de Kill Bill).
Na mesma época, junto a Sonny Bono tentou se lançar como atriz no filme "Chastity", que foi um fracasso e a fez enfocar mais esforços da música, o que rendeu "Gypsies, Tramps & Thieves", "Half-Breed" e "Dark Lady" e três lideranças nas paradas da Billboard entre 1971 e 1974. A música "Take Me Home" foi a volta por cima depois de um período conturbado no qual Cher estorou como apresentadora de TV no programa "The Cher Show". Fracassou na música com os álbuns "Stars", "I'd Rather Believe In You" e "Cherished", divorciou-se de Sonny, por problemas pessoais entre eles e dois dias depois casou-se com o roqueiro Gregg Allman da banda "The Allman Brothers Band". Gregg e Cher gravaram um disco chamado "Allman and Woman - Two the Hard Way", que também foi um fracasso, em meados de 1978. Mas uma volta por cima maior ainda aguardava por Cher. Após uma falida tentativa de ter uma banda de "Hard Core" (na época batizada de Black Rose, que nem teve muita atenção da mídia), em 1983, sob contatos pessoais de sua mãe (que também é atriz) com diretores famosos, Cher foi escalada para filmar e atuar na Broadway no filme "James Dean: O Mito Sobrevive". Depois do bom desempenho, foi chamada para fazer "Silkwood - O Retrato de uma Coragem", ao lado de Meryl Streep e Kurt Russel, que rendeu sua primeira indicação ao Oscar como melhor atriz coadjuvante em 1984. Depois fez o excelente e comovente "Marcas do Destino", ao lado de Sam Elliot. Cher brigou com o diretor do filme Peter Bogdanovich, por confundi-la com sua personagem e tratá-la como tal, mas Cher soube lidar com isso, assim como fez com outras coisas que muitas vezes pareciam obstáculos gigantes em seu caminho.
As canções "I Found Someone" (do comercial do Hollywood) e "We All Sleep Alone" (em parceria de muito sucesso com Jon Bon Jovi e Richie Sambora) marcaram a retomada de sucessos musicais para Cher, quando em 1987 lançou o álbum "Cher" e chegou aos primeiros lugares das paradas internacionais agora à'lá Metal-Mama. Outras canções como: "If I Could Turn Back Time" (o primeiro clipe censurado pela MTV), "Just Like Jesse James", "The Shoop Shoop Song" (do filme Minha Mãe É Uma Sereia), "Save Up All Your Tears" e sua versão 2ª de "Love Hurts" (da trilha da novela Vamp) são clássicos da fase musical em que Cher estava passando.
O auge veio em 1987, quando recebeu o Oscar de Melhor Atriz pela atuação em Feitiço da Lua como Loretta, uma descendente de italianos que, prestes a se casar, apaixona-se pelo cunhado (Nicholas Cage). Além desse prêmio, foi aplaudida pela bela atuação em Sob Suspeita e As Bruxas De Eastwick. Em meio a isso tudo, mais tumultos... A vida pessoal de Cher era alvo fácil e seu então namorado, Rob Camilleti, 20 anos mais novo, rendeu muita matérias para os jornalistas dos tablóides norte-americanos. Certa vez, tentando se esquivar de paparazzis em frente sua cara, acabou agredindo um - o que o levou para o tribunal (e serviu de cena para o clipe "Heart Of Stone", de 1989). Em 1991, Cher teve uma crise de stress e teve que se afastar dos palcos em meio à sua turnê "Love Hurts" (1991-1992). Contudo, assim que retomou as atividades, mostrou que não perdera o brilho conquistado com o Oscar e o sucesso de seu mais novo filme "Minha Mãe É Uma Sereia", seguido de sua participação em "O Jogador", de Robert Altman. Num ataque de boa vontade, Cher se ofereceu para fazer o comercial de um produto para cabelos de um então amigo dela. O que resultou num imenso desastre para a sua carreira... O que a trouxe de volta com força total (mais uma vez) foi o lançamento de seu maior hit "Believe", que a levou ao topo em todos os países da Europa, EUA, Oceania e no Brasil, fazendo dela a mulher mais velha a ter um hit #1 nas paradas norte-americanas e entrar para o Guiness Book, além de bater recordes de vendagens por todo o mundo, como desbancar Whitney Houston e o tema do Guarda Costas "I Will Always Love You" (1992) passando da casa dos sete milhões de cópias vendidas na Inglaterra. Recebeu seu primeiro e único Grammy Award pela Melhor Gravação Dance de 1999. Como se não bastasse, isso tudo em meio ao trauma da morte de Sonny Bono no dia 09 de janeiro de 1998 num acidente de esqui.
Depois da turnê "Do You Believe?", Cher gravou o albúm "Still" que por ser negado pela Warner Bros que alegou que não era um estilo que venderia foi vendido apenas pela internet com o novo nome, peculiar ao caso: "Not.com.mercial", resultado: o albúm se tornou o mais vendido da história da internet. O seu mais recente álbum em estúdio foi lançado no final de 2001, "Living Proof" que rendeu sucessos como "The Music's No Good Without You", "(This Is) A Song For The Lonely" (música que virou o símbolo dos EUA após o ato terrorista do dia 11 de setembro de 2001), "A Different Kind Of Love Song", "Love One Another" e outros. Em 30 de abril de 2005 Cher se despediu dos palcos com o último show da interminável turnê "Farewell 'Never Can Say Goodbye' Tour", contabilizando 5.880.726 fãs e mais de 692 milhões de dólares em mais de 300 espetáculos, se tornando a turnê mundial mais lucrativa da história da música, sendo que em turnê norte americana Madonna detém o recorde segundo o Guiness Book 2007. Agora ela se prepara pra mais um album e fara como em meados dos anos 70 e 80 que a trará de volta para o universo rock n' roll, porém uma versão Dance do albúm será lançada e pelo que tudo indica as músicas de trabalho virão da versão dance. Na nova fase, Cher também dá início, em 2008, a uma série de shows do Caesar's Palace, em Las Vegas, EUA, no palco em que atualmente se apresenta Céline Dion. Em 2007 Cher foi capa da revista Japonesa "Chromme Hearts Magazine" e falou pela primeira vez sobre seu próximo albúm, Cher diz se tratar de uma nova reinvenção de sua carreira, o albúm será rock e algumas músicas terão uma pitada de country. A previsão de lançamento é entre o fim de 2007 e meados de 2008.
CHER CANTORA
Ganhadora do AMA, do Grammy, do Billboard Awards, e de dezenas de prêmios, Cher se reinventa a cada CD, dividindo sua carreira de cantora com as outras tantas.
CHER ATRIZ
r atrizCher é uma das atrizes mais respeitadas dos E.U.A, ganhadora do Cannes, do Globo de Ouro e do Oscar, já gravou mais de 15 filmes e dirigiu 1.
CHER APRESENTADORA
Cher foi uma das maiores apresentadoras dos Estados Unidos nos anos 60 e 70, com os programas: The Sonny & Cher Show, The Cher Show, The Sonny & Cher Comedy Hour. Foi vencedor do Emmy de melhor musical humoristico com "The Sonny & Cher Comedy Hour" em 1970.
CHER DIRETORA
Cher dirigiu o filme "O preço de uma escolha" em 1997, sucesso de critica e público, foi convidada de honra do Globo de Ouro daquele ano
CHER PRODUTORA
Cher produz pessoalmente suas turnês, com o auxilio da amiga e dançarina Doriana Sanchez, além disso já produziu series e mini series nos anos 70, 80 e 90.
CHER MÃE
Cher é mãe de dois filhos Chastity Bono (Com Sonny Bono) e Elijah Blue Allman (Com Gregg Allman)
CHER COMPOSITORA
Cher escreveu todas as músicas do albúm "Not.com.mercial" de 2000, além de ter escrito muitas durante a década de 70.
CHER RAINHA DAS TURNÊS
Cher é conhecida também pelos espetáculos que dá em suas turnês.
The Wondrous World Of Sonny & Chér - 1968 com Sonny Bono.
The Two Hard Way Tour 1977-1978 com Gregg e Cher. Cher participou bem pouco por causa do seu programa de tv. A turnê foi até para Europa e Japão.
A Take Me Home Tour de 1979 e 1980 mesmo curta deu um avanço enorme em matéria de turnês com as incríveis trocas de roupa, os números performáticos e o jogo de luz que a turnê apresentava.
Em 1989 começa então a Heart Of Stone que seria a última turnê de Cher, mas pelo imenso sucesso da mesma Cher acabou desistindo de parar. Esta turnê gerou um especial do canal NBC, mais tarde relançado no DVD Cher - Live At The Mirage;
Em 1991 começa então a Love Hurts Tour, nada mais do que uma "quase continuação" da Heart Of Stone, a Love Hurts passou apenas pela Europa e teve uma passagem na inauguração da Euro Disney em março de 1992;
Em 1999 é anunciada durante o evento Divas Live 99 a turnê Do You Believe? que mais uma vez inovou com inumeras trocas de roupa e com a mega produção do show. Esta turnê gerou o DVD Cher - Live In Las Vegas;
Em 2002 começa a fabulosa e para muitos insuperável Living Proof: The Farewell Tour, a turnê foi ganhadora de 3 emmys[2]. Com 11 trocas de roupa, 21 canções e mais de 300 shows a Farewell Tour (nome pelo qual ficou conhecida) se tornou a turnê Mundial mais lucrativa da história da música segundo o Guiness Book 2007. Esta turnê gerou o DVD Cher - The Farewell Tour;

BEE GEES



Data de Formação:1958
Local de Nascimento:Brisbane
Data de Dissolução:21-01-2003
País de Origem:Austrália
A história musical dos irmãos Gibb remonta ao final dos anos 50, quando fizeram as primeiras apresentações ao vivo, em Manchester. Na época, Barry, Robin e Maurice actuaram com designações tão diferentes como The Blue Cats ou The Rattlesnakes. A mudança da família para a Austrália, em 1958, foi mais um passo para a concretização de uma carreira repleta de êxitos, mas com períodos difíceis. A designação do trio passou então a ser Brothers Gibb, e as actuações continuaram na Austrália, nomeadamente em Brisbane, a cidade escolhida pela família. Depois, adoptaram o nome de Bee Gees, ao mesmo tempo que assinaram o primeiro contrato discográfico, em 1962, com a editora australiana Festival. O primeiro single, "Three Kisses Of Love", antecedeu o álbum "Barry Gibb and The Bee Gees Sing and Play 14 Barry Gibb Songs". Nove anos passados sobre a partida, os Gibb regressaram a Inglaterra. Mas, mesmo antes de partirem, os irmãos enviaram antecipadamente algumas maquetas que acabaram por despertar o interesse de Robert Stigwood que trabalhava, por exemplo, com Brian Epstein. Após a chegada a Inglaterra, Stigwood arranjou ao trio um contrato de cinco anos. O alinhamento sofreu então alterações com a inclusão de Vince Melouney para a guitarra e de Colin Peterson para a bateria. O primeiro single gravado em Inglaterra, "New York Mining Disaster 1941" conseguiu chegar ao top20 inglês, e alcançou posição semelhante nos Estados Unidos. O contrato conseguido com a Polydor, em Inglaterra, e com a Atlantic, mostrou-se bastante proveitoso para todas as três partes envolvidas. O single "Massachusetts" foi um novo êxito, precedendo o álbum "Bee Gees First", o primeiro editado, simultaneamente, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Os registos seguintes, "Horizontal" e "Idea" serviram como que para a solidificação do projecto e da capacidade criativa do grupo. O último ano da década de 60, deu lugar à edição de "Odessa", um duplo álbum, que acabou por ser o derradeiro dos irmãos como trio, pois, pouco depois, Robin deixou o agrupamento alegadamente devido à discussão sobre que tema escolher para primeiro single. Um ano depois, os ainda Bee Gees lançaram "Cucumber Castle" e Robin o seu primeiro álbum a solo, "Robin¿s Reign". A confusão reinou nos meses seguintes, Barry e Maurice abandonaram, tal como o guitarrista Melouney e, num acto um pouco invulgar, foi Peterson, o baterista, que acabou por mover um processo com o intuito de reclamar os direitos da designação do grupo. Todos estes acontecimentos levaram a uma inactividade que se prolongou durante cerca de um ano e meio. A reunião acabou por acontecer ainda em 1970, e o single "Lonely Days" transformou-se no primeiro nº1 conseguido nos Estados Unidos. "How Can You Mend A Broken Heart" foi o single que se seguiu antes da edição de "Trafalgar", em 1971. O trabalho seguinte, "To Whom It May Concern" passou, no entanto, quase despercebido, quer junto da crítica, quer junto do público. Os tempos mudaram, e as transformações sociais entretanto ocorridas provocaram, claro está, mudanças nas correntes e tendências musicais. O estilo de música dos Bee Gees estava agora em desuso com o rock mais duro a tomar conta do mercado. "Life In A Thin Can", editado em 1973, não conseguiu sequer chegar ao top40 americano. Mas a ajuda de Eric Clapton mostrou-se essencial. Aconselhando os Bee Gees a gravarem nos Criteria Studios de Miami, Clapton abriu caminho à gravação de "Mr.Natural", de 1974, que mostrou o grupo em composições mais influenciadas pela música americana, pela soul e pelo R&B. A mudança de estilo consolidou-se em "Main Course", lançado no ano seguinte. O trabalho era a prova dos novos géneros adoptados pelo trio inglês, ritmos dançáveis, deixando definitivamente a música romântica que desde sempre os caracterizou. "Children Of The World", de 1976 continha sucessos como "You Should Be Dancing" e "Love So Right". A consolidação do novo rumo veio com os temas incluídos na banda sonora do filme "Saturday Night Fever". Composições como "Stayin¿ Alive" e "How Deep Is Your Love" ocuparam o primeiro lugar dos tops, enquanto o álbum conseguiu o feito de ficar 6 meses em nº1. Na altura, vivia-se no auge da música disco e as criações dos irmãos Gibb estiveram no lugar certo e na hora certa. O fim da década de 70 e o início da de 80 mostraram-se então fatais para a família Gibb. Apesar de algum sucesso de "Spirits Have Flown", de 1979, que ainda assim produziu três singles que chegaram ao primeiro lugar, o disco que se seguiu, "Living Eyes", de 1981, não conseguiu atingir o top40. O período seguinte foi passado quase no anonimato. O ano de 87 deu lugar a uma tentativa para um renascimento com "ESP", um álbum que vendeu razoavelmente e que recebeu boas críticas, mas que não conseguiu levantar os Bee Gees nos Estados Unidos. "You Win Again" foi um single de sucesso por todo o planeta, excepto nos Estados Unidos. No ano seguinte, e depois de uma efémera carreira a solo e de uma vida de excessos, o irmão mais novo, Andy Gibb perdeu a vida. "One", álbum de 89, obteve igualmente bons resultados e conseguiu até que o single com o tema-título chegasse ao top10 americano. Mas a carreira dos Bee Gees nunca mais voltou aos dias de glória passados. "High Civilization", de 91, e "Size Isn't Everything", de 93, foram os registos seguintes. "Still Waters", de 1997, seguiu-se à inclusão do grupo no Rock And Roll Hall Of Fame, nesse ano. "Live-One Night Only" foi a última edição dos Gibb, um álbum ao vivo depois de quase dez anos de jejum de palcos. As últimas aparições dos Bee Gees foram em concertos no Verão de 98, comemorando, na altura, os 40 anos de carreira. Em 2001, voltaram a aparecer, mas desta feita nas prateleiras das discotecas, com mais um conjunto de êxitos intitulado "Record: Their Greatest Hits". A 12 de Janeiro de 2003, Maurice Gibb morre vítima de ataque cardíaco. Em sequência disso, os irmãos anunciam o fim do grupo.

BABY DO BRASIL


Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade (Niterói, 18 de julho de 1952) conhecida como Baby do Brasil e também como Baby Consuelo, é cantora e compositora brasileira. A carreira artística de Baby caracterizou-se desde sempre pela versatilidade e irregularidade, mas sua presença constante na mídia ao longo de três décadas deveu-se sobretudo ao seu visual extravagente e às suas controversas declarações acerca de discos voadores, supostos poderes mágicos e de clarividência, encontros com Jesus, conversões religiosas e mudança de nome artístico. A maior parte de seus discos solo não atingiu sucesso de vendas e a maior parte dos fãs de samba e MPB sempre foram relutantes em incluir Baby no panteão dos pesos-pesados desses estilos. De todos os modos, o perfil exótico de Baby, um caso à parte no cenário artístico brasileiro, sempre foi de difícil encaixe em qualquer estética ou corrente musical dominantes.
Baby, oriunda de uma família de classe média alta e criada na cidade do Rio de Janeiro, começa a cantar e tocar violão ainda na infância, inclusive vencendo um festival de música em Niterói aos 14 anos. No aniversário de 17, foge de casa, rumando para Salvador. Morou embaixo de pontes na cidade e disse ter avistado seu primeiro disco voador nessa época. Em um curto espaço de tempo, participa de um filme do cineasta italiano Giuliano Gemma, passa um período em São Paulo, outro de volta ao Rio e adentra o grupo Novos Baianos. Em 1969, Baby conhece o guitarrista e futuro marido Pepeu Gomes, que se junta à trupe musical. No ano seguinte, é lançado o primeiro disco dos Novos Baianos, É Ferro na Boneca. Pouco tempo depois, a banda e seus agregados mudam-se para um sítio/comunidade hippie no interior do Rio de Janeiro e, em 1972, é lançado o disco de maior sucesso da banda, Acabou Chorare. Baby e Pepeu permanecem no grupo até seu primeiro hiato, em 1978, iniciando suas respectivas carreiras solo (interdependentes) no mesmo ano.
Seu primeiro grande sucesso solo, a canção "Menino do Rio", aparece no seu segundo disco solo, Pra Enlouquecer, em que Baby aparece posando ao lado de quatro filhos na época: Riroca (que viria a trocar seu nome para Sarah Sheeva), Zabelê, Nana Shara e Pedro Baby. Os quatro tornaram-se músicos, e as três garotas formaram a girl-band SNZ, que apenas conheceu um esporádico sucesso moderado. Baby ainda daria à luz a outros dois meninos: Krishna Baby (que aparece na contracapa do disco que leva o nome da criança, de 1984) e Kriptus-Rá (presente na capa do álbum Sem Pecado e Sem Juízo, do ano seguinte).
Baby sempre foi muito ligada a correntes místicas e esotéricas, e chegou a integrar a trupe do guru mineiro Thomas Green Morton, que divulgava o poder mágico da palavra Rá e demonstrava entortar talheres e fazer luzes surgirem. No fim da década de 1990, converte-se ao protestantismo e, atualmente, é pastora da igreja "Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome de Jesus".

VINICIUS DE MORAES


Nasceu no Rio de Janeiro em uma família amante das letras e da música, e seguiu as duas vocações. Ainda no colégio, começou a compor com os amigos Paulo e Haroldo Tapajós, e juntos tocavam em festinhas. Nos anos 30 formou-se em Direito e fez letra para dez músicas que foram gravadas, nove delas parcerias com os irmãos Tapajós. Em 1933 publicou seu primeiro livro de poemas, "O Caminho para a Distância". Amigo de Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Mário de Andrade, publicou outros livros de poemas nessa década. Passou algum tempo estudando inglês na Universidade de Oxford e, de volta ao Brasil em 1941, foi crítico cinematográfico do jornal "A Manhã". Dois anos depois foi aprovado para o Itamaraty e seguiu a carreira diplomática. Como diplomata morou nos Estados Unidos, França, Uruguai. Em 1954 inicia-se como teatrólogo, escrevendo a peça "Orfeu da Conceição", que mais tarde virou o filme "Orfeu do Carnaval", dirigido pelo francês Marcel Camus. Sua carreira como músico é impulsionada a partir das décadas de 50 e 60, quando conhece alguns de seus parceiros, como Tom Jobim, Antônio Maria, Edu Lobo, Carlos Lyra, Baden Powell. Em 1958 Elizeth Cardoso lança "Canção do Amor Demais", com diversas parcerias Tom/ Vinicius: "Luciana", "Estrada Branca", "Chega de Saudade". O primeiro grande show em que se apresenta, na boate Au Bon Gourmet, em 1962, ao lado Tom Jobim e João Gilberto, o liga permanentemente ao mundo da música popular e aos palcos. Seu elo com a bossa nova é muito importante. Fez letras para algumas das músicas mais importantes do movimento, como "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", "Eu Sei que Vou Te Amar", "Amor em Paz", "Insensatez", "Se Todos Fosse Iguais a Você" (todas com Tom Jobim), "Minha Namorada", "Coisa Mais Linda", "Você e Eu" (com Carlos Lyra). É também em 1962 que conhece Baden Powell, com quem comporia músicas de temática afastada da bossa nova, como os afro-sambas ("Canto de Ossanha", "Canto de Xangô", "Samba de Oxóssi") e outros sambas ("Samba em Prelúdio", "Samba da Bênção", "Formosa", "Apelo", "Berimbau"). Em 1965, num show na boate Zum Zum, lançou o Quarteto em Cy, de quem se tornou padrinho. No mesmo ano, "Arrastão", sua parceria com Edu Lobo, defendida por Elis Regina, é a vencedora do Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em São Paulo. O segundo lugar também é de Vinicius: ""Valsa do Amor que Não Vem", parceria com Baden interpretada por Elizeth. Após a promulgação do AI-5, em 1968, Vinicius é aposentado compulsoriamente da carreira diplomática. A partir de então passa a se dedicar à vida artística. Faz shows em Portugal, Argentina, Uruguai, acompanhado de Nara Leão, Maria Creuza, Toquinho, Oscar Castro Neves, Quarteto em Cy, Baden Powell, Chico Buarque. Nos anos 70 incrementa a parceria com Toquinho: "Tarde em Itapuã", "Regra Três", "Maria Vai com as Outras", "A Tonga da Mironga do Kabuletê" são algumas músicas da dupla. Muitos discos foram lançados na década de 70 com composições ou interpretações suas. Um dos mais importantes é "Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha", gravado ao vivo no Canecão (Rio), em um espetáculo que ficou quase um ano em cartaz no Rio e seguiu para outras cidades da América do Sul e Europa. Apesar do sucesso com a música popular, Vinicius não abandonou a poesia, tendo inclusive gravado discos em que recita suas obras. Depois de sua morte, em 1980, diversos shows-tributo foram apresentados, ao longo dos anos, assim como coletâneas e biografias

BILLIE HOLIDAY


Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril, 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho, 1959), Lady Day para os fãs, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.
Índice
Nascida Eleanor Fagan Gough, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sara Fagan, apenas treze . Seu pai, guitarrista e banjista, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe, também inexperiente, freqüentemente a deixava com familiares.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os infortúnios possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada numa casa de correção. Aos doze, trabalhava lavando assoalhos em prostíbulo e aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo. Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos EUA (anos 30). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinqüenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, refletindo em sua voz.
Pouco antes de sua morte, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.

STEVIE WONDER


Stevie Wonder nasceu no dia 13 de maio de 1950, em Saginaw, Michigan nos Estados Unidos. Ele nasceu prematuro e em decorrência de um problema com o fornecimento de oxigênio na incubadora ele ficou cego. Quatro anos depois, a família mudou-se para Detroit e percebeu o talento musical do menino. Ele começou a cantar na igreja e aprendeu a tocar piano e bateria antes dos nove anos.Em 1961, quando se apresentava para alguns amigos foi ouvido por Ronnie White, do The Miracle que arrumou uma audição com a gravadora Motown. O prodígio da música conseguiu um contrato naquele mesmo dia e o produtor e compositor Clarence Paul foi o responsável pelo primeiro álbum do cantor que na época, com apenas 12 anos de idade, usava o nome de Little Stevie Wonder.Em 1962, foram lançados dois discos, “A Tribute to Uncle Ray”, com ‘covers’ do ídolo de Stevie, Ray Charles; e “The Jazz Soul Of Little Stevie”, com acompanhamento de uma orquestra. As vendas não foram muito boas, e a gravadora resolveu lançar um álbum ao vivo, “The 12 Year Old Genius”, em 1963. A música “Fingertips, Pt. 2” foi parar no topo das paradas de R&B e de música Pop e o disco se tornou o primeiro no topo das vendas da Motown.Nos meses seguintes, Stevie chegou a lançar outros ‘singles’, mas nenhum fez o mesmo sucesso. Ele foi estudar piano em Michigan e, em 1964, voltou ao topo das paradas com “Uptight (Everything’s Alright)”, já sem o “Little” no nome. A música foi co-escrita pelo cantor e mostrou amadurecimento vocal e dois anos depois, ele gravou a canção “Blowin’ In The Wind”, de Bob Dylan, em que ele mostrava pela primeira vez uma preocupação social.Nos anos seguintes, Stevie produziu diversos hits co-escritos por ele, como “Hey Love”, “I Was Made To Love Her” e “For Once in My Life”. Em 1970, ele gravou a música “Signed, Sealed, Delivered I’m Yours” com a cantora Syreeta Wright, com quem se casou meses depois.Quando estava preste a completar 21 anos em 1971, Stevie lançou o disco “Where I’m Coming From”, produzido inteiramente por ele. O cantor ainda co-escreveu todas as músicas, algumas delas com a esposa. Naquela época também terminou o contrato com Motown. Ele construiu um estúdio com o dinheiro que ganhou nos últimos anos e, na negociação para o novo contrato com Motown, Stevie conseguiu que todo o controle de suas músicas fosse dele.O primeiro disco no próprio estúdio saiu em 1972, “Music of My Mind”, com várias canções escritas com Syreeta. Mas logo depois o casamento acabou e eles voltaram a ser amigos, com isso, a carreira deu um novo salto quando Stevie participou de uma turnê com os Rolling Stones e o posto de superstar foi consolidado com o lançamento de “Talking Book”, de onde saíram vários ‘hits’. Entre eles, “You Are The Sunshine Of My Life”, responsável por um dos três Grammy que Stevie ganhou na época.Em 1973, saiu “Innervisions”, que levou o prêmio de álbum do ano no Grammy e se tornou um sucesso estrondoso. Mas uma tragédia quase termina com toda a alegria de Stevie – ele sofreu um grave acidente de carro, chegou a ficar em coma, mas se recuperou totalmente. Passado o susto, ele voltou em boa forma e com força para deixar clara a postura contra os problemas raciais dos Estados Unidos: saiu do país para dar apoio ao fim do Apartheid na África, onde foi recebido calorosamente por Nelson Mandela.Stevie produziu inúmeros sucessos e ganhou vários prêmios, mas as vendas eram abaixo do esperado. Foi com “The Woman In Red” que ele voltou ao topo. O disco era a trilha sonora do filme “A Dama de Vermelho”, e o tema “I Just Called to Say I Love You” se tornou o maior sucesso da carreira do músico.Em 1985, após cinco anos sem lançar nada, saiu “In Square Circle”, impulsionado pela música “Part Time Lover”. Stevie participou ainda da canção “We Are The World” do projeto USA For Africa com vários outros cantores, mesmo assim, os discos foram se distanciando cada vez mais. Em 1987 saiu “Characters” e só em 1991 veio “Jungle Fever”, trilha sonora de um filme de Spike Lee. Quatro anos depois, ele lançou “Conversation Peace”, que desapontou nas vendas.Stevie voltou apenas para um dueto com Babyface, “How Come, How Long” em 1996. Foram quase dez anos longe do estúdio, em que a Motown lançou apenas compilações especiais do cantor e, em 2004, Stevie Wonder estava de volta com o anúncio de um novo disco, “A Time 2 Love”.

ELBA RAMALHO


Ao dividir em 2005 um CD com o compositor e sanfoneiro Dominguinhos, Elba Ramalho nada mais fez do que reafirmar a veia nordestina que salta em toda sua discografia, iniciada em 1979 com o LP Ave de Prata, editado pela CBS, companhia cujo catálogo hoje está incorporado ao acervo da gravadora Sony BMG. Revelada em meados dos anos 70, no fluxo migratório que trouxe talentos nordestinos para o Sul do Brasil, Elba Maria Nunes Ramalho nasceu em 17 de agosto de 1951, em Conceição do Piancó, cidade do interior da Paraíba. Criada entre os baiões de Luiz Gonzaga e os pastoris (manifestação folclórica da cultura nordestina), a artista abraçou o rock em seus primeiros passos na música. Foi baterista do grupo feminino As Brasas. Mas, ao migrar para o Rio em 1974, agregada ao Quinteto Violado para participar do espetáculo A Feira, Elba acabaria se tornando a voz do Nordeste que ecoaria em todo o Brasil para dar continuidade ao legado de Luiz Gonzaga. Num primeiro momento, a cantora aproveitou a veia dramática de seu canto para atuar no teatro carioca. Sua participação na primeira montagem da Ópera do Malandro – em que vivia a personagem Lúcia e dividia o número “O Meu Amor” com a atriz Marieta Severo – chamou a atenção da crítica e do autor do espetáculo (ninguém menos do que Chico Buarque) para a voz agreste e forte da iniciante cantora. Foi nesse contexto, favorecido pela boa receptividade do mercado fonográfico aos artistas nordestinos em fins dos anos 70, que Elba gravou seu primeiro LP, o supra-citado Ave de Prata, com direito à música inédita de Chico Buarque (Não Sonho Mais). Depois, vieram os álbuns Capim do Vale (1980) e Elba Ramalho (1981), todos pela CBS. Fora da CBS, Elba assinou com a extinta gravadora Ariola e, adotando imagem mais sensual e brejeira, explodiu nacionalmente com os discos Alegria (1982), Coração Brasileiro (1983, LP que trouxe o sucesso "Banho de Cheiro"), Do Jeito que a Gente Gosta (1984) e Fogo na Mistura (1985, o do hit "De Volta pro Aconchego"). A cada álbum lançado, Elba fazia saltar sua veia teatral em shows incendiários. E foram muitos os discos daquele fértil período: Remexer (1986), Elba (1987), Fruto (1988), Popular Brasileira (1989), Popular Brasileira ao Vivo (1990), Felicidade Urgente (1991), Encanto (1992), Devora-me (LP de 1993 em que procurou um acento caribenho para sua música) e Paisagem (disco de 1995, de sotaque mais pop). Em 1996, ao assinar contrato com a BMG, Elba promoveu festejada volta às origens nordestinas com o disco Leão do Norte, produzido por Robertinho de Recife. O espetáculo homônimo foi eleito o melhor de 1996 pelos críticos. Paralelamente, a cantora se uniu a Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho e, sob a alcunha de O Grande Encontro, o grupo saiu em turnê pelo Brasil, registrada num disco ao vivo (mais tarde, já sem Alceu, o trio lançaria mais dois álbuns de sucesso). Outros álbuns inspirados - como Baioque (1997), Flor da Paraíba (1998) e o duplo ao vivo Solar (1999) - confirmaram a boa fase da artista nos anos 90. Em 2001, a inclusão da balada "Entre o Céu e o Mar" na trilha da novela Porto dos Milagres ajudou a promover o disco Cirandeira, ao qual se seguiu um tributo a Luiz Gonzaga no disco Elba Canta Luiz (2002) – cujo show de lançamento renderia o CD Elba ao Vivo (2003). Em 2004, uma turnê nacional com Dominguinhos seria o ponto de partida do disco que saiu no início de 2005, gravado em estúdio com inéditas ("Rio De Sonho", "Forrozinho Bom", "Chama") e clássicos de autoria de Domiguinhos, casos de "Eu Só Quero Um Xodó" e "De Volta pro Aconchego", este um sucesso eternizado em 1985 pela própria Elba, a voz agreste que traduz a riqueza musical nordestina para o Brasil.

sábado, 10 de novembro de 2007

JOÃO GILBERTO


Figura emblemática como poucas na história da Música Popular Brasileira, João Gilberto transformou a maneira de cantar e tocar violão no Brasil. Adorado por muitos, considerado gênio, desprezado por alguns, considerado louco, é muito difícil ser indiferente a João Gilberto. Nascido em Juazeiro (BA), João ganhou um violão aos 14 anos de idade, e nunca mais largou. Nos anos 40, ouvia música na loja de discos, desde Duke Ellington e Tommy Dorsey até Anjos do Inferno, Dorival Caymmi e Dalva de Oliveira. Aos 18 anos foi para Salvador tentar a sorte como cantor de rádio e crooner. Logo depois seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou no conjunto vocal Garotos da Lua. A carreira no grupo durou menos de um ano. Cansados de seu comportamento pouco profissional (atrasos, faltas constantes), os Garotos da Lua demitiram João Gilberto. Vivendo durante a noite, conheceu outros músicos e teve composições gravadas. Em 1958 gravou, pela Odeon, dois compactos que lançaram seu estilo e inauguraram o movimento bossa nova: "Chega de Saudade"/"Bim Bom" em julho, e "Desafinado"/"Oba-la-lá" em novembro. No mesmo ano, tinha acompanhado Elizeth Cardoso em duas faixas do LP "Canção do Amor Demais" ("Chega de Saudade" (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes) e "Outra Vez" (Tom)), considerado outro marco inaugural na história da bossa nova. As características que mais o notabilizaram foram a maneira de cantar baixinho, saindo radicalmente da tradição dos grandes cantores do rádio, famosos por seus "vozeirões", e a forma de tocar violão, adotando uma batida diferente que desloca o acento da tradicional batida de samba. São famosas suas interpretações de "Aos Pés da Cruz" (Zé da Zilda/ Marino Pinto), "Samba de uma Nota Só" (Tom Jobim/ Newton Mendonça), "O Barquinho" (Menescal/ Bôscoli), "Samba da Minha Terra" e "Saudade da Bahia" (Dorival Caymmi), "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira), "Isaura" (Herivelto Martins/ Roberto Roberti), todas recriações que se notabilizam por seu estilo único de interpretar. Desde cedo João Gilberto se fez notar por seus hábitos considerados exóticos ou fora do comum. Passou vários anos no Rio sem ter uma casa própria, morando sempre "de favor" na casa de amigos, raramente dividindo despesas, dormindo durante todo o dia e tocando violão a noite inteira, mesmo que os donos da casa tivessem que acordar cedo para trabalhar. Além disso, mesmo quando a situação financeira era penosa, recusava-se a fazer gravações comerciais como jingles ou cantar em lugares onde as pessoas falassem durante a apresentação. E também nunca parece ter pensado na possibilidade de arranjar um emprego que não fosse relacionado a música.Depois de famoso, mostrou-se totalmente avesso a entrevistas e simplesmente não apareceu em alguns shows marcados. É notória sua obsessão com a perfeição técnica em suas gravações e apresentações, desde o compacto de "Chega de Saudade", que levou dias para ser gravado graças às interrupções freqüentes de João, sempre insatisfeito com ruídos ou erros que só ele ouvia. Em 1964, gravou nos Estados Unidos com o saxofonista Stan Getz, Tom Jobim e mais a mulher Astrud Gilberto. O disco vendeu mais de um milhão de cópias, puxado pela faixa "Garota da Ipanema", que a partir daí se tornaria uma das músicas mais executadas e regravadas do planeta. Ganhou vários prêmios Grammy, inclusive o de Álbum do Ano. João Gilberto viveu nos Estados Unidos de 1962 a 1980, passando dois anos no México. Tornou-se cunhado de Chico Buarque ao casar-se com a cantora Miúcha, com quem tem uma filha, Bebel, também cantora, que vive em Nova York. Durante o período norte-americano, gravou mais de dez discos, participando de várias gravações de outros músicos.De volta ao Brasil, lançou alguns discos, com músicas inéditas e principalmente releituras de outros compositores e até de suas próprias composições. Faz shows esporadicamente e excursiona com freqüência para o Japão, Ásia e Américas. Lançou em 1999 o CD "João Voz e Violão", produzido por Caetano Veloso, que despertou reações opostas na crítica. No repertório, dez faixas e grandes sucessos, como "Desafinado" (Tom Jobim/ Newton Mendonça), "Eu Vim da Bahia" (Gilberto Gil), "Desde que o Samba É Samba" (Caetano Veloso) e "Chega de Saudade". Em 2004, João Gilberto comemorou o aniversário de 40 anos do disco Getz/Gilberto, um dos trabalhos mais importantes de sua carreira, que recebeu o Grammy de 1964. Para celebrar a data, a gravadora Universal Music lançou álbum “In Tokyo”. Trata-se de um registro do segundo concerto do cantor no Tokyo International Forum, gravado durante uma turnê pelo Japão, em 2003

TINA TURNER


Biografia

Começo

Anne Mae Bullock (Tina Turner) e sua irmã mais velha, Alline Bullock, foram abandonadas por seu pai e, logo depois, sua mãe levou Alline e deixou Anna com sua avó. Anna morou em Nutbush, Tennessee e, depois da morte de sua avó, mudou-se para a casa de sua mãe em St. Louis, em 1956.

Em St. Louis, Anna Bullock conheceu Ike Turner, um artista notável do rock and roll, em um bar onde sua irmã, Alline, costumava freqüentar. Ike, impressionando com a voz forte de Anna, a convidou para cantar em sua banda. Inicialmente, Anna não aceitou, mas após a insitência de Ike, que foi à casa de Anna pedir a permissão de sua mãe, Anna aceitou o convite.

Vida Pessoal

Tina tem 2 filhos: Craig(nascido em 1960, com Raymond Hill, saxofonista da banda de Ike), e Roonie(nascido em 1961, filho de Ike e Tina).

Ike ainda tem 3 filhos de 2 relacionamentos: Ike Jr. e Michael(com Lorraine Taylor), e Mia, com Ikette Ann Thomas.

Início da Carreira

A jovem Anna Mae começou trabalhando com Ike em 1958. Ike mudou o nome de Anna Mae para o artístico Tina Turner. Eles começaram a ter um relacionamento e se casaram em 1962. Ela iniciou como cantora oficial do show da banda de Ike aos 18 anos de idade. Algumas pessoas consideram Ike o pai do rock and roll, pois há registros de que ele foi o primeiro a gravar um som desse gênero musical.

Ike e Tina Turner gravaram a famosa canção "A Fool In Love", que foi um grande sucesso nos Estados Unidos. Após o sucesso da música, Ike mudou o nome da banda para "Ike and Tina Turner Revue". Entre 1960 e 1970, Ike e Tina mudaram o estilo musical, desenvolvendo uma performace única em concertos ao vivo, Tina dançava e cantava, chamando a atenção do público, que cada vez mais lotavam as casas de shows. Tina Turner e as back volcals, conhecidas como "The Ikettes", faziam uma performace eletrizante dentro do cenário musical, danças que influenciaram outros artistas como Mick Jagger. Ike e Tina Turner gravaram grandes hits nos 60 e 70, como "A Fool In Love", "It's Gonna Work Out Fine", "I Idolize You", "Nutbush City Limits" e "River Deep - Mountain High" - música produzida pelo grande produtor musical Phil Spector. Várias músicas de outros artistas se tornaram sucesso após a gravação do estilo eletrizante da banda, como "Come Together", "Honky Tonk Woman", "I Want to Take You Higher". De fato, um dos maiores sucessos de Ike e Tina foi a regravação da música da banda Creedence Clearwater Revival, em 1968, "Proud Mary". "Proud Mary" foi um grande sucesso comercial, ficando em quarto lugar nas paradas de sucesso em março de 1971.

Quando muitas gravações origionais falharam comercialmente, Tina e Ike regravam e as canções viravam sucesso em programas de TV pela atuação, ao vivo, eletrizante de Tina e das "Ikettes". Suas canções incluiam The Rolling Stones, David Bowie, Sly Stone, Janis Joplin, Cher, James Brown, Ray Charles, Elton John e Elvis Presley. Estavam sempre se apresentando em qualquer lugar, em toda parte. Suas turnês eram extensas e cansativas, havia apresentações praticamente todas as noites, em várias cidades dos Estados Unidos, um dia estavam no sul, no outro em Las Vegas e em outro cantavam em um programa de TV. Ike é quem comandava o grupo e dava a palavra final, era o diretor e produtor, até das atuações de Tina Turner no palco. Ike comandava até a conta financeira do grupo e começou a consumir bebidas e drogas. Ele se tornava cada vez mais agressivo e violento com todos integrantes do grupo que acabaram deixando-o. Tina Turner relatou que praticamente durante todo o seu casamento com Ike ela era agredida freqüentemente. Ike a acusava pelo fracasso de novas músicas.

Anos 70

Por volta de 1970, o casamento de Tina Turner foi se desgatando cada vez mais e mais. Em 1971 Ike e Tina gravaram a música Proud Mary, que foi um grande sucesso rendendo um Grammy. Em 1973 Tina compôs a sua primeira música, Nutbush City Limits, grande sucesso no mundo inteiro. Por causa do uso das drogas, Ike tornava-se cada vez mais agressivo, fisicamente, com Tina. O número de turnês e venda de discos caíram. Apesar do sucesso de Tina Turner durante sua atuação no filme Tommy (em que ela cantou sozinha - sem Ike - Acid Queen). Ike culpava Tina pelo declínio da carreira. Depois de uma briga violenta com Ike poucas horas antes de uma apresentação em Dallas, Tina decidiu deixar Ike, fugindo com trinta e seis centavos de dólar no bolso e um cartão de crédito de um posto de gasolina. Nos meses seguinte, ela se escondeu de Ike em casas de amigos, já que sua família a "abandonou".

Após 18 anos de casamento, Tina se separou de Ike legalmente, exigindo apenas o seu nome artístico, que, segundo ela, lutou muito por ele, não pedindo mais nada em troca, deixando todas as suas roupas e suas jóias a Ike. Para ganhar a vida, Tina decidiu fazer faxina na casa de amigos e partir para carreira solo, com apresentações em alguns programas e quadros de TV, como The Hollywood Squares, Donny and Marie, The Sonny & Cher Comedy Hour.

Carreira Solo

A Fase Obscura (1974 - 1979)

Mesmo vivendo sob as agressões físicas constantes de Ike, Tina decidiu ingressar numa carreira solo, a princípio, paralela com a que construira ao lado do marido. Seu primeiro disco, "Tina Turns The Country On" saiu em 1974 logo após o sucesso de "Nutbush City Limits". Além de compor, Tina agora cantava sem Ike e já estava pronta para seguir o seu caminho. O álbum vendeu bem, chegou a receber uma nomeação ao Grammy na categoria "Melhor Vocal Feminino de R&B" e trazia hits do pop/rock até então como "He Belongs To Me" (Bob Dylan) e "Don't Talk Now" (James Taylor) na voz de uma cantora negra, o que para muitos soava estranho. Não houve muita repercussão, mas as vendas garantiram a escolha da música "The Love That Lights Our Way" como tema do filme "The Autobiography of Miss. Jane Pittman", além de lhe abrir as portas para o universo cinematográfico.

O segundo disco veio juntamente com o sucesso de sua personagem "The Acid Queen" na ópera-rock "Tommy", de 1975. O filme recebeu duas nomeações ao Oscar e garantiu-lhe uma vendagem satisfatória, embora a versão da música composta por Pete Townshend, em seu disco, seja diferente a da versão original lançada na trilha sonora. Entretanto o álbum ainda trouxe composições de Ike Turner e um cover de "Whole Lotta Love", que marcou #61 na categoria R&B da Billboard em 1976. As canções de Ike presentes no álbum eram reflexo do quanto era contraditória qualquer possibilidade de independência almejada pela cantora, mantendo-a presa a aquela situação. Com o fim do casamento, vieram as primeiras tentativas de incursão propriamente dita numa carreira artística, sem a presença de Ike.

Em meio a esse período de transição, o terceiro álbum "Rough" veio em 1978 como fruto da necessidade de Tina em se sentir absolutamente livre, gravando composições de grandes ídolos da música pop (Elton John, Ray Charles) e apresentando, pela primeira vez, uma estratégia comumente usada em seus álbuns posteriores. Mesmo assim fracassou nas vendas, apesar de Tina seguir com ele uma turnê exaustiva e até fazendo shows de graça na tentativa de reconquistar a sua popularidade. Foi uma fase difícil de muito empenho e poucos resultados. Músicas ótimas compunham o álbum (Root, Root Undisputable Rock n' Roller), mas os hits não emplacavam por estarem arraigados aos mesmos estilos influenciados pelo Ike. Era preciso se reciclar com músicas modernas que atingisse em cheio o gosto popular e o carisma dos jovens. Além disso era como se a sombra de Ike estivesse sempre presente, fazendo com que Tina fosse vista pela imprensa como uma cantora decadente à beira dos 40 anos por viver, naquela época, às custas de familiares e amigos sem a separação oficial.

Por fim veio "Love Explosion" no ano de 1979. Já intencionada em seguir tais objetivos de modernização, o álbum apresentou uma produção caprichada que ficou a cargo de Leo Sayer e do egípcio Alec R. Costandinos, na época um dos maiores produtores artísticos da era disco e dono, inclusive, de uma orquestra própria. Um pouco melhor, mas o público não estava convencido ainda, principalmente porque "Love Explosion" trazia as mesmas formulas já bastante desgastadas por outros artistas do ramo nos anos anteriores. O hit "Backstabbers", cover do The O'Jays, fracassou nos charts e fez com que a gravadora vetasse o lançamento do single de "Sunset On Sunset", vendo que os discos encalhavam nas lojas. Era preciso que Tina se retirasse de cena e resolvesse os problemas particulares que ainda a afligiam, como a não-separação oficial de Ike e os problemas financeiros ocasionados pela demora na decisão da justiça em partilhar os bens.

Private Dancer (1983 - 1986)

Ainda no início dos anos 80, com a separação oficial declarada, Tina empenhou-se unicamente na tentativa de recuperar o seu sucesso. Em 1982, Tina deu início a turnê Nice 'N' Rough pelos Estados Unidos investindo na repercussão da música "Givin It Up For Your Love", que mais tarde voltaria a cantar nas turnês "What's Love? Live Tour" e "Wildest Dreams Tour" entre os anos de 1994 a 1997. Em 1983, para ajudar a recuperar sua carreira, o cantor All Green concedeu a Tina os direitos de cantar Let's Stay Together, um grande sucesso que marcou #32 no chart da Billboard e saiu no álbum Private Dancer, imortalizando-se na voz de Tina. Conta All Green que Tina deu uma roupagem à nova música e uma introdução (de lenta para rítmica) como ele jamais havia imaginado.

Foi o ano de 1984 quando Tina lançou seu álbum solo mais importante e um dos mais vendidos da história até hoje, conquistando prêmios pelo mundo todo. Durante a turnê, "Private Dancer" vendeu mais de 5 milhões de cópias só nos EUA, impulsionado por hits como a música-título "Private Dancer" (composta por Mark Knopfler) (#7), "Better Be Good To Me" (5#), "Show Some Respect" (37#), "I Can't Stand The Rain" (cover de Ann Peebles) (57#), "Help" (40#) (cover dos Beatles numa nova e irreconhecível roupagem). O maior sucesso de toda a sua carreira, "What's Love Got To Do With It" (#1), manteve a mesma colocação durante três semanas e resultou em três Grammys. "Better Be Good To Me" ganhou mais um Grammy e o álbum concorreu a mais dois Grammys. "Private Dancer" rendeu 5 discos de platina e o clipe da música "What's Love Got To Do With It" rendeu o premio MTV de melhor clipe.

Em 1985 lançou mais músicas inéditas num show promovido no estado de Alabama e que saiu num VHS intitulado Private Dancer Live, cantando "It's Only Love" (15#) ao lado de Bryan Adams, "Tonight" (52#) com David Bowie e com quem dividiu o palco em duas versões de "Let's Dance". Não podendo concretizar uma grande turnê por causa da sua quantidade de compromissos, Tina recusou o papel de Shug Avery no filme The Color Purple, onde contracenaria ao lado de Oprah Winfrey, para escrever a sua auto biografia intitulada "I, Tina", que trasformou-se um best-seller em vendas. No mesmo ano Tina foi convidada para participar do USA For Africa e juntou-se a diversos artistas do momento para cantar "We Are The World", música composta por Michael Jackson e Lionel Richie.

Foi durante a premiação no Grammy que Tina recebeu o convite para encarnar a personagem Aunty Entity no épico "Mad Max Beyond Thunderdome", de 1985, e emplacou o hit "We Don't Need Another Hero" na posição #2 da Billboard Hot 100, mantendo-a por várias semanas. No entanto foi "One Of The Living", outro hit seu subseqüente do sucesso fílmico e que estreou na posição #15 da Billboard, que lhe rendeu um Grammy. Considerada por muitos como um clássico art-metal, "One Of The Living" foi composta pela mesma Holly Knight de Better Be Good To Me e, posteriormente, The Best. A música "We Don't Need Another Hero", primeiro lugar em mais de cinco países, concorreu ao Grammy e, mesmo sem levar títulos, ganhou o Globo de Ouro e o prêmio de melhor clip promovido pela MTV.

Break Every Rule (1986-1989)

Em 1986, Tina lança seu sexto álbum solo, “Break Every Rule”. O álbum foi outro grande sucesso de venda e, junto com o CD, veio uma grandiosa turnê mundial, tornando-se uma das turnês mais bem sucedidas de todos os tempos. O álbum trouxe o single "Typical Male", que garantiu a segunda posição no ranking “Billboard Hot 100” e a primeira posição no “United World Chart” e uma indicação ao Grammy.Alem de Typical Male, o álbum trouxe também os sucessos "What You Get Is What You See" (13#), "Two People" (30# na Billboard, e 3#US AC), "Paradise Is Here" (78#UK) e "Back Were You Started" (9#US Rock) que lhe rendeu o grammy de melhor desempenho vocal feminino em Rock.“Break Every Rule” rendeu três discos de platina.

Tina Turner ganhou popularidade por toda Europa. Ela mudou-se para lá permanentemente em 1986, com o seu namorado Erwin Bach, executivo alemão da EMI Records e que mora com a cantora ate hoje. A região escolhida foi em Goldküste (literalmente falando, “A Costa de Ouro”), a maior região exclusiva do distrito de Zurich, Switzerland, alem de uma casa em Villefrache e em Beverlly Hills.

Durante a turnê “Break Every Rule”, Tina Turner entrou para o Guinness Book quando cantou para um enorme público pagante em 1988, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Mais de 184 mil fãs se reuniram para assistir ao show da cantora. O concerto foi promovido pela Pepsi, que, na época, tinha Tina como garota-propaganda, e foi transmitido ao vivo para todo o planeta.

Em 1988, Tina Turner lançou o álbum “Tina Live in Europe”, um cd duplo que trazia apenas músicas ao vivo e seis músicas novas, como uma das músicas mais famosas de sua carreira, "Addicted To Love" (72#), e conquistou o seu oitavo e último Grammy.

Foreign Affair (1989-1991)

Já em 1989, a cantora inova com o seu último álbum daquela década, “Foreign Affair”, que vendeu mais de seis milhões de cópias em todo o mundo. O álbum rendeu outras duas indicação ao Grammy como melhor desempenho vocal feminino em Rock.O álbum trouxe "The Best" (15#) também conhecida como Simply The Best, Foreign Affair (33#), I Don't Wanna Lose You (8# US AC) e Look Me In The Heart (4 US AC).As duas músicas que concorreram ao Grammy foram Steamy Windows e Foreign Affair.O álbum recebeu uma nomeação para o Grammy de Melhor Projeto Gráfico, mas não ganhou.Foreign Affair ganhou 2 discos de platina.

Anos 1990-2000

Tina segue com a turnê "Foreign Affair Tour" no verão de 1990. Também grava, no mesmo ano, a canção "Break Through The Barrier" (composta por Andre Cymone e Gardner Cole) para a trilha sonora do filme "Days of Thunder" (Dias de Trovão), com Tom Cruise e Nicole Kidman, e gravou um dueto com o cantor Rod Stewart de "It Takes Two", que seria usada numa propaganda da Pepsi. A canção tornou-se um sucesso no mundo inteiro. Na Europa, alcançou na 5ª posição. Foram 123 shows durante a turnê, sendo 121 na Europa e 02 na Ásia. O último aconteceu no estádio de Nov Ahoy em Rotterdam, no dia 4 de novembro de 1990.O show mais importante aconteceu na Espanha, com o nome de "Do You Want Some Action?".

Em meados dos anos 90, "The Best" foi tema de três atletas: o lendário boxeador Chris Eubank (que fez uma aparição surpresa ao lado de Tina, no palco, durante a entrega do MOBO Awards), o piloto brasileiro de F1 Ayrton Senna (que subiu ao palco para abraçar Tina em Adelaide, na Austrália, setembro de 1993, enquanto ela o chamava de "The Best", ou seja, "o melhor"), e a lendária tenista Martina Navrotilova. A canção também promoveu a campanha da competição profissional de futebol na Austrália. A propaganda trouxe muitos interessados aos jogos e, então, Tina foi chamada para cantar o tema na final da competição, eno mesmo ano de 1993. O canal HBO também utilizou a canção, na época, por alguns anos, para os seus comerciais, promovendo os destaques da grade de programação.

Em 1991 lançou a sua primeira coletânea intitulada "Symply The Best", na qual apresentou três novas canções: I Want You Near Me (22#), Way Of The World (13#), Love Thing (29#) e uma nova versão de "Nutbush City Limits" (23#) todas com seus respectivos videoclipes gravados (a versão brasileira da coletânea ainda traz Break Through The Barrier). O álbum rendeu um disco de platina nos Estados Unidos e foi o 31º álbum mais vendido na história da Inglaterra, liderando os dez mais por 154 semanas consecutivas.Ainda em 91, Tina participou do álbum (Two Rooms Celebrating the Songs of Elton John & Bernie Taupin), com vários cantores, Tina cantou The Bitch Is Back, que lhe rendeu uma indicação ao Grammy.

Baseado em seu best-seller "I, Tina", de 1986, a Disney, em parceria com a Touchstone Pictures, comprou os direitos autorais da obra e transformou-a na superprodução "What's Love Got to Do With It", que conta em detalhes a sua história. Angela Bassett viveu o papel de Tina Turner no longa (Whitney Houston tinha desistido por causa da gravidez, e Halle Berry também fez uma audiência para o papel) e recebeu indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Laurence Fishburne interpretou Ike e também recebeu uma nomeação ao Oscar pelo papel. Foram várias premiações, incluindo um American Choreography Award pela documentação histórica e um Globo de Ouro pela melhor performance de uma atriz em um filme musical: Angela Bassett.

Tina retornou ao Top 10 da Billboard Hot 100 com o hit, "I Don't Wanna Fight", tema principal do filme (feito que não conquistava desde 1986 com Typical Male) e que recebeu duas indicações ao Grammy: melhor performance vocal pop feminino e melhor canção especialmente composta para um filme.Alem de I Don't Wanna Fight teve também a nova música "Why Must We Wait Until Tonight (39#) e pela primeira vez Tina gravou Disco Inferno (12#).Deu início assim a uma turnê na América do Norte. Transmitida pela FOX nos Estados Unidos até o fim, basicamente a turnê What's Love? Live foi uma espécie de Foreign Affair Tour revisada, com nova lista de canções e novas dançarinas, pois Tina estava devendo uma turnê para os Estados Unidos desde 1988. Foram 72 shows no total, sendo que 63 na América do Norte (EUA), 03 na Austrália e 06 na Europa. O time de dançarinas dessa vez foi composto pelas irmãs Sharon Owens e Karen Owens.

Em 1995 Tina gravou "Goldeneye", música-tema de mais uma produção da saga de James Bond, composta por Bono em parceria com The Edge do U2. O sucesso do filme 007 Contra Goldeneye impulsionou Tina, já com 56 anos, a lançar mais um álbum de inéditas intitulado "Wildest Dreams". Naquele mesmo ano, deu início a turnê mundial "Wildest Dreams World Tour", tornando-se a turnê mundial mais extensiva de uma artista solo feminina na história da música, que arrecadou US$ 220 milhões só na Europa. O vídeo "Tina Turner: Live in Amsterdam" concorreu ao Grammy Awards na categoria Melhor Vídeo de Longa Duração. Foram 250 shows no total, sendo 78 na América do Norte, 150 na Europa, 18 na Austrália, 02 na África e 02 na Ásia. As irmãs Owens continuaram como dançarinas oficiais além de Synthia Davila. Um momento memorável foi o encontro de Tina com Bruce Willis em Paris, no natal de 1996, para juntos cantarem Unfinished Sympathy a uma platéia com mais de 80 mil pessoas. Embora a vendagem nos Estados Unidos não tenha sido boa e o hit Missing You, na Billboard, estreasse na posição #84, "Wildest Dreams" emplacou hits em diversos países da Europa. As músicas "Whatever You Want" e "On Silent Wings" (com participação de Sting) conseguiram se posicionar no top #10 da Inglaterra e França por algumas semanas. No ano seguinte a música "In Your Wildest Dreams"(Em dueto com Barry White), surpreendentemente apareceu na posição #34 da categoria Hot R&B da Billboard, em pleno final de turnê. Nos primeiros meses a cantora Cyndi Lauper, mesmo grávida, deu suporte aos shows.

Em 1997 o pianista da banda Kenny Moore faleceu. Kenny fazia parte da banda desde 1985. Ainda em 1997, a Capitol Records relançou o álbum Private Dancer como Private Dancer: Centenary EMI Edition, trazendo quatro canções só lançadas em singles da época (When I Was Young, I Wrote a Letter, Don't Rush The Good Things e Rock'n' Roll Widow), e versões estendidas das canções What's Love Got To Do Wihh It, Better Be Good To Me e I Can't Stand The Rain.

Dois anos depois, em 1999, Tina gravou "He Lives In You" para o segmento "O Rei Leão 2" dos estúdios Disney. Também se apresentou no VH1 Divas Live '99 em Abril daquele mesmo ano, ao lado de Cher, Whitney Houston, Elton John e Mary J. Blige, além de regravar "Cose Della Vita - Can't Stop Thinking Of You" ao lado de Eros Ramazzotti, autor e intérprete original deste grande sucesso em 1993. Quando Tina recebeu o convite de Eros, compôs ela mesma toda a parte em inglês da música. "Cose Della Vita - Can't Stop Thinking Of You" foi #6 na Inglaterra e #18 nos Estados Unidos. Em um show na Itália, Tina e Eros cantaram juntos "The Best".

O 9º álbum solo de Tina Turner veio em novembro de 1999, chamado "Twenty Four Seven". Foi um CD que emplacou 02 hits apenas: "Whatever You Need" e "When the Heartache Is Over", que ganhou diversas remixagens, chegou ao Top 10 na Europa e garantiu a 3ª posição nos Estados Unidos. Em questão de vendagem não garantiu o mesmo sucesso dos álbuns anteriores, mas a turnê foi considerada a mais cara e bem caprichada de 2000, segundo dados apresentados pela gravadora (a turnê de Michael Jackson ficou em 2º lugar no quesito arrecadação, com US$120 milhões). Mesmo assim foram mais de 1 milhão de cópias vendidas e disco de platina nos Estados Unidos. Junto com o novo álbum, Tina anunciou oficialmente que embarcaria em sua última e maior turnê promocional e que definitivamente, se afastaria dos palcos.

Finalizando em alta, a "Twenty Four Seven World Tour" rendeu aproximadamente US$180 milhões só nos Estados Unidos (todos os shows em estádios tiveram ingressos esgotados e o sucesso obtido veio devido ao preço das entradas, que não eram nada baratas). A turnê passou de 40 para 80 concertos nos EUA completamente esgotados de março à dezembro, transformou-se na quinta maior turnê dos Estados Unidos e recebeu o título de "top-grossing tour" pela imprensa norte-americana. Foram 120 shows no total, sendo 23 na Europa e 95 na América do Norte incluindo o Canadá. Deram suporte a turnê os artistas Barbra Streisand, Plish e 'N Sync. No clima de despedida que estava promovendo, Tina trouxe de volta hits que há décadas não cantava como I Want To Take You Higher e A Fool In Love.

Anos 2000-2008

Tina afastou-se das grandes turnês após seu último lançamento em 2000, mas manteve as apariçõs em público e colaborações com faixas em outros álbuns. Em 2001, a rodovia principal do estado de Tennesse entre Brownsville e Nutbush teve seu nome mudado para Tina Turner Highway. Após uma longa retirada de férias em Côte D'Azur, na Riviera Francesa, Tina reapareceu em 2003 à convite de Phil Collins e gravou a canção Great Spirits, para o longa-metragem Irmão Urso dos Estúdios Disney, além de participar de uma sessão de fotos vestida de Cleópatra numa revista francesa.

No ano seguinte, em maio de 2004, Tina reapareceu em público no programa francês Star Academy (no canal Tf1 Voix Fabuleuse) para cantar "Proud Mary" ao lado da estudante vencedora Hoda. Meses depois, em setembro de 2004, lançou a sua ainda mais recente coletânea de sucessos intitulado All The Best em 2 CDs, incluindo raridades e canções inéditas. All The Best foi o seu álbum de maior alcance na Billboard 200 até hoje nos Estados Unidos ("Private Dancer" conseguiu a marca de chegar a #3 na época que foi lançado). O álbum trouxe um novo hit, "Open Arms", que não emplacou na Billboard Hot 100 porem alcançou 16# no Adulto comtemporâneo dos Estados Unidos mas manteve-se por várias semanas no UK Top 25 entre novembro e dezembro de 2004. Dentre as músicas destacam-se mais duas inéditas: Something Special e Complicated Disaster, que foi #10 na França e 20# na Espanha em janeiro de 2005.

Entre os meses de janeiro a agosto de 2005 Tina deu início a uma pequena turnê do álbum All The Best, apresentando-se em diversos programas de televisão da Europa incluindo Áustria, Franca, Suíça, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Inglaterra, cujo encerramento deu-se no auditório privado do Charity Ball na cidade de São Petersburgo, Rússia, em novembro. Também recebeu um título honorário como uma das 25 lendas da música no programa Oprah Winfrey - artista afro-americana que quebrou barreiras através de seu trabalho. No natal do mesmo ano Tina foi homenageada pelo Kennedy Center Honors (no John F. Kennedy Center) na categoria Performing Arts em Washington DC, juntando-se a um grupo de artistas lendários contemporâneos como Aretha Franklin, Quincy Jones, Ray Charles, Little Richard e Chuck Berry. Vários artistas prestaram homenagens a Tina naquela noite: Oprah Winfrey, Melissa Etheridge, Queen Latifah, Al Green e Beyoncé Knowles, numa performance magistral de "Proud Mary". Oprah deu início às apresentações com "We Don't Need Another Hero" e disse: "Nós precisamos de mais heroínas como você, Tina. Graças a você tenho orgulho em soletrar que sou M-U-L-H-E-R", e completou: "Tina não apenas sobreviveu, mas triunfou!".

Em fevereiro de 2006 houve o lançamento oficial do filme Crianças Invisíveis em todo o mundo, sob patrocínio da UNICEF, e Tina colaborou com a trilha sonora do filme ao cantar Teach Me Again ao lado da cantora italiana Elisa Toffoli, alcançando a posição #1 no Top 10 da Itália. Em abril, a NRL (National Rugby League), uma das competições esportivas mais populares da Austrália e Nova Zelândia, anunciou que Tina retornaria como a apresentadora da liga do rugby em 2008 por conta da popularidade de uma campanha que Tina promoveu meses antes.

Surgiu uma série de rumores quanto a sua participação no filme "Casino Royale", onde cantaria o tema oficial composto por David Arnold, fato que foi desmentido em agosto com a confirmação do nome de Chris Cornell. Em outubro de 2006, durante uma entrevista para a revista da Billboard, Guy Chambers, produtor de Robbie Williams, revelou que seu próximo projeto seria o álbum de retorno da Tina Turner às paradas de sucesso. Durante a festa de lançamento do novo filme de James Bond "Casino Royale" em Zurique, dia 16 de novembro de 2006, Tina confirmou as declarações dizendo que já havia gravado várias novas músicas para o novo álbum ainda sem título previsto. Este será o seu primeiro CD de inéditas em 8 anos. Em maio de 2007, Tina retornou aos palcos para um concerto beneficente no auditório do Cauldwell Children's Charity no Museu de História Natural de Londres. Este foi o seu primeiro mega-show em sete anos. No dia seguinte foi noticiado nos jornais do mundo inteiro o seu retorno aos palcos e a declaração dada para a agência ANSA nos bastidores do show: "A sabedoria vem com a idade, especialmente quando se está no nível em que me encontro. Ainda sinto que tenho algo a mais dentro de mim para oferecer, algo muito especial. Poderei ter 90 ou 100 anos, mas direi, 'tenho isso de especial'".

O pianista de jazz Herbie Hancock lançou um novo CD em tributo a sua parceira de longa data, a compositora e cantora Joni Mitchell, intitulado River: The Joni Letters no dia 25 de setembro de 2007, para o qual Tina contribuiu com o seu vocal cantando uma nova versão de "Edith and The Kingpin". No último dia 16 de outubro de 2007, o legendário guitarrista Carlos Santana lançou um álbum de regravações dos seus maiores sucessos intitulado "Últimate Santana", com participação de vários artistas da atualidade e Tina Turner cantando The Game of Love, um grande sucesso na voz de Michelle Branch no verão de 2002.

Em 2008, na Edição de 50 Anos do Grammy Awards, Tina Turner voltou aos olhos do grande público e fez uma apresentação histórica. Cher introduziu a performance, descrevendo-a como sua grande "heroína e amiga". Aos 68 anos, Tina demonstrou muito pique e disposição e muita potência vocal. Interpretou os hits "What's Love Got To Do With It", "Better Be Good To Me" e "Proud Mary", esta última em um dueto com a sua admiradora Beyonce Knowles. Foi considerada a melhor performance da noite. O vídeo da apresentação, em poucas horas no ar, ficou em #4 entre os mais vistos da semana no Youtube. 12 Horas apos o grammy, Tina fez uma performance na Russia, onde cantou nove de seus grandes sucessos, abrindo o show com Private Dancer, para um público de nove mil pessoas e para o presidente da Russia.

No dia 26 de abril de 2008, durante gravação do especial para o programa de TV de Oprah Winfrey, Tina Turner revelou que estava de volta com nova turnê, tendo início em 1º de outubro de 2008, na cidade Kansas, Estados Unidos.

O novo álbum chega as lojas no dia 30 de setembro, é a coletanea Tina!, com duas músicas inéditas: I'm Ready e It Would Be A Crime.

Musicas de Tina Turner mais notaveis no Brasil

* 1973:Nutbush city Limts
* 1984:Let's Stay Together
* 1984:Help
* 1984:What's Love Got To Do With It
* 1984:Private Dancer
* 1984:Better Be Good To Me
* 1984:I Can't Stand The Rain
* 1985:We Don't Need Another Hero (Thunderdome)
* 1986:Typical Male
* 1986:Two People
* 1986:Paradise Is Here
* 1986:What You Get Is What You See
* 1988:Addicted To Love
* 1989:I Don't Wanna Lose You
* 1989:The Best
* 1989:Look Me In The Heart
* 1989:Steamy Windows
* 1990:Break Through The Barrier
* 1991:I Want You Near Me
* 1991:Way Of The World
* 1991:Love Thing
* 1993:I Don't Wanna Fight
* 1993:Disco Inferno
* 1995:Goldeneye
* 1996:Missing You
* 1999:When the Heartache is Over
* 2000:Don't Leave me this Way

Musicas de Tina nas Novelas

* 1984:Let's Stay Together (Transas e Caretas) (Rede Globo)
* 1984:Help (Partido Alto) (Rede Globo)
* 1985:Private Dancer (Um Sonho a Mais) (Rede Globo)
* 1985:We Don't Need Another Hero (?) (Rede Globo)

A novela Roque Santeiro não teve trilha internacional, foram dois discos ambos de trilhas nacionais.

* 1986:Beter Be Good To Me (Cambalacho) (Rede Globo)
* 1987:Two People (O Outro) (Rede Globo)
* 1987:Paradise Is Here (Sassaricando) (Rede Globo)
* 1989:I Don't Wanna Lose You (Top Model) (Rede Globo)
* 1993:Love Thing (Sex Appeal) (Rede Globo)
* 1994:I Don't Wanna Fight (74.5 Uma Onda no Ar) (Rede Manchete)

Discografia

* 1973:Tina Turns the Country On
* 1975:Acid Queen #155 USA
* 1978:Rough
* 1979:Love Explosion
* 1985:Mad Max:Beyond Thunderdome #47R&B, #39USA
* 1984:Private Dancer:#1 (5 semanas)R&B, #3USA, #2UK (Vendeu USA: 6 milhões+, Total: 20 milhões+)
* 1986:Break Every Rule:#7R&B, #4USA, #2UK (Vendeu USA: 3 milhões+, Total: 12 milhões+)
* 1988:Tina Live in Europe #86 USA, #8 UK (Vendeu USA: 1,1 milhões+, Total: 6 milhões+)
* 1989:Foreign Affair:#83R&B, #31USA, #1UK (Vendeu USA: 1,5 milhões+, Total: 10 milhões+)
* 1991:Simply the Best(Coletânea): #99R&B, #113USA, #2UK (Vendeu USA: 2 milhões+, Total: 9 milioni+)
* 1993:What's Love Got to Do with It?:#8R&B,#17US,#1UK (Vendeu USA: 2,3 milhões+, Total: 7,6 milhões+)
* 1994:The Collected Recordings - Sixties to Nineties
* 1996:Wildest Dreams: #26R&B, #61USA, #4UK (Vendeu USA: 1,3 milhões+, Total: 8 milhões+)
* 1999:Twenty Four Seven: #29R&B, #21USA, #9UK (Vendeu USA: 1 milhão+, Total: 7 milhões+)
* 1999:All That Glitters
* 2000:Proud Mary: The Best of Ike & Tina Turner
* 2001:Cussin,' Cryin' and Carryin' On
* 2004:All the Best #12R&B, #2US, #6UK (vendeu USA: 1,8 milhões+, Total: 5 milhões+)
* 2008:Tina!
* 2009: Tina Turner The Platinum Collection

Singles

* 1960: “I Idolize You (R&B #5, US # 82)
* 1960: “A Fool in Love” (R&B #2, US #27)
* 1961: “It's Gonna Work Out Fine” (R&B #2, US #14)
* 1962: “Poor Fool” (R&B #4, US #38)
* 1962: “Tra La La La La” (R&B #9, US #50)
* 1962: “You Should'a Treated Me Right (US #89)
* 1964: “I Can't Believe What You Say (For Seeing What You Do)” (US #95)
* 1966: “River Deep - Mountain High" (US #88, UK #6)
* 1968: “So Fine" (R&B #50)
* 1969: “I'm Gonna Do All I Can (To Do Right By My Man)” (US #98)
* 1969: “I've Been Loving You Too Long” (R&B #23, US #68)
* 1969: “The Hunter” (R&B #37, US #93)
* 1970: “Bold Soul Sister” (R&B #22, US #59)
* 1970: “Come Together” (R&B #21, US #57)
* 1970: “I Want to Take You Higher” (R&B #25, US #34)
* 1970: "Workin' Together” (R&B #41)
* 1971: “I'm Yours (Use Me Anyway You Wanna)” (R&B #47)
* 1971: “Ooh Poo Pah Doo” (R&B #31, US #60)
* 1971: “Proud Mary” (R&B #5, US #4)
* 1972: “Up In Heah (US #83)
* 1973: “Early One Morning” (R&B #47)
* 1974: “Sexy Ida (Part 1)” (R&B #29, US #65)
* 1974: “Sweet Rhode Island Red” (R&B #43)
* 1975: “Baby-Get It On” (R&B #31, US #88)
* 1975: "Whole Lotta Love" #61 R&B
* 1975: "Acid Queen"
* 1978: "Root Toot, Undisputable Rock & Roller"
* 1978: "Sometimes When We Touch"
* 1979: "Backstabbers"
* 1982: "Ball Of Confusion"
* 1983: "Let's Stay Together" #3 R&B, #26 EUA, #6 UK
* 1984: "Help" #40 UK
* 1984: "What's Love Got to Do with It?" #2 R&B, #1 (3 semanas) EUA, #3 UK
* 1984: "Better Be Good to Me" #6 R&B, #5 U.S., #45 UK
* 1985: "Private Dancer" #3 R&B, #7 U.S., #26 UK
* 1985: "I Can't Stand The Rain" #57 UK
* 1985: "Show Some Respect" #50 R&B, #37 U.S.
* 1985: "We Don't Need Another Hero (Thunderdome)" #3 R&B, #2 U.S., #3 UK
* 1985: "One Of The Living" #41 R&B, #15 U.S., #55 UK
* 1985: "It's Only Love" (com Bryan Adams) #15 U.S., #29 UK
* 1986: "Typical Male" #3 R&B, #2 U.S., #33 UK
* 1986: "Two People" #18 R&B, #30 U.S., #43 UK
* 1987: "What You Get Is What You See" #13 U.S., #30 UK
* 1987: "Break Every Rule" #74 U.S., #43 UK
* 1987: "Girls" #14 Poland, 16# Netherlands
* 1987: "Tearing Us Apart" (com Eric Clapton) #56 UK
* 1987: "Paradise Is Here"
* 1987: "Afterglow" #5 Club
* 1988: "Addicted To Love" #71 UK
* 1989: "The Best" #6 U.S., #5 UK
* 1989: "I Don't Wanna Lose You" #8 UK
* 1989: "Steamy Windows" #39 U.S., #13 UK
* 1990: "Look Me In The Heart" #31 UK
* 1990: "Foreign Affair" #33 US HOT 100
* 1990: "Be Tender With Me Baby" #28 UK
* 1990: "It Takes Two" (with Rod Stewart) #5 UK
* 1991: "Nutbush City Limits" #23 UK
* 1991: "Way Of The World" #13 UK
* 1992: "Love Thing" #29 UK
* 1992: "I Want You Near Me" #22 UK
* 1993: "I Don't Wanna Fight" #51 R&B, #9 U.S., #7 UK
* 1993: "Disco Inferno" #12 UK
* 1993: "Why Must We Wait Until Tonight" #103 R&B, #39 U.S., #16 UK
* 1995: "GoldenEye" #89 R&B, #102 U.S., #10 UK
* 1996: "Whatever You Want" #23 UK
* 1996: "On Silent Wings" #13 UK
* 1996: "Missing You" #84 U.S., #12 UK
* 1996: "Something Beautiful Remains" #27 UK
* 1996: "In Your Wildest Dreams" (com Barry White) #34 R&B, #101 U.S., #32 UK
* 1998: "Cose Della Vita" (com Eros Ramazzotti) #6 EUROPA TOP 100, 18# HOT LATIN
* 1999: "When the Heartache Is Over" #3 U.S. DANCE/CLUB PLAY, #10 UK
* 2000: "Whatever You Need" #27 UK
* 2000: "Don't Leave Me This Way"
* 2004: "Open Arms" #70 R&B, #25 UK
* 2006: "Teach Me Again" (with Elisa) #1 Italy

Tours

* "Private Dancer Tour".
* "Break Every Rule Tour".
* "Foreign Affair Tour".
* "What's Love? Tour".
* "Wildest Dreams Tour".
* "Twenty Four Seven Tour".
* "Tina Turner - Tour 2008".

Grammys

* Proud Mary (1971) (Com Ike Turner)
* Better Be Good To Me (1985)
* What's Love Got To Do With It (1985)
* What's Love Got To Do With It (1985)
* What's Love Got To Do With It (1985)
* One Of The Living (1986)
* Back Where You Started (1987)
* Tina Live in Europe (1988)
* Proud Mary (2008) (Com Beyonce Knowles)

Indicações ao Grammy

* It's Gonna Work Out Fine (1962)
* Bold Soul Sister (1970)
* Let's Stay Together (1984)
* Private Dancer (Album) (1985)
* It's Only Love (Com Bryan Adams) (1986)
* We Don't Need Another Hero (1986)
* Typical Male (1987)
* Better Be Good to Me (live) (1988)
* Foreign Affair (1990)
* Steamy Windows (1990)
* The Bitch Is Back (1992)
* I Don't Wanna Fight (1994)
* Tina Live in Amsterdam (1997)

Filmografia

* The Big T.N.T. Show (1966) (documentário);
* It's Your Thing (1970) (documentário);
* Gimme Shelter (1970) (documentário);
* Taking Off (1971);
* Soul to Soul (1971) (documentário);
* CS Blues (1972) (documentário) (não-lançado);
* Tommy (1975);
* Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1978) ;
* Mad Max Beyond Thunderdome (1985);
* Girl From Nutbush (1992);
* What's Love Got To Do With It? (1993);
* Last Action Hero (1993);
* Behind The Dreams (1997)

Videos (Lançados em VHS ou DVD)

* Wild Lady Of Rock (1979);
* Nice 'N' Rough (1982);
* Private Dancer (Video-Clip) (1984)
* Private Dancer Tour-Live From Philadelphia (1985);
* What You Get Is What You See (video-clip) (1987);
* Break Every Rule Tour (1987);
* Live in Rio (Break Every Rule Tour) (1988);
* Foreign Affair (Video-Clip) (1989);
* Live From Barcelona "Do You Want Some Action?" (1990);
* Simply the best (Video-Clip) (1991);
* What's Love? Live Tour From San Bernadino (1993);
* Wildest Dreams Tour From Amsterdan (1996);
* Celebrate! Twenty Four Seven Tour (2000);
* One Last Time! In Concert (Twenty Four Seven Tour) (2000)
* All The Best (Live Collection) (2005)